Economia

Bovespa fecha em queda de mais de 3% nesta sexta-feira (11)

Ibovespa recuou 3,3%, a 59.183 pontos; no mês, queda chega a 8,8%

Por G1 11/11/2016 18h29
Bovespa fecha em queda de mais de 3% nesta sexta-feira (11)
Reprodução - Foto: Assessoria

O principal índice da Bovespa voltou a cair forte nesta sexta-feira (11), para baixo do piso de 60 mil pontos, ainda refletindo a cautela dos investidores com os desdobramentos da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

O Ibovespa recuou 3,3%, a 59.183 pontos.

Na semana o índice caiu 3,9%. No acumulado no mês de novembro, a queda é de 8,8%. No ano, entretanto, Bovespa têm alta de 36%.

O giro financeiro no pregão somou R$ 16,26 bilhões, acima da média diária para o mês, de R$ 9,95 bilhões e muito superior à media diária para o ano, de R$ 7,2 bilhões.

Já o dólar avançou 0,92% e fechou a R$ 3,3923, após bater R$ 3,49 durante o pregão.

Destaques do dia

As ações preferenciais da Petrobras caíram 9,6%, maior queda desde 15 de março, enquanto as ordinárias recuaram 5,82%, em dia de queda da cotação do petróleo e após a estatal registrar prejuízo de R$ 16,4 bilhões no 3º trimestre, mas mostrar melhora do resultado operacional.

Vale PNA caiu 5,18% e Vale ON recuou 3,3%, após terem acumuladao alta de mais de 20% nas cinco sessões anteriores diante da contínua alta do minério de ferro.

Itaú Unibanco caiu 1,28% e Bradesco avançou 0,17%.

Copel liderou as baixas do dia, com queda de 12,36%, após divulgar prejuízo líquido trimestral de R$ 75,1 milhões, ante lucro um ano antes, devido a maiores despesas financeiras.

Sabesp caiu 10,38%, apesar de reportar lucro líquido de R$ 573,9 milhões no terceiro trimestre, após prejuízo de R$ 580 milhões em igual período de 2015, em meio a reajustes tarifários e aumento de volume faturado.

Neste pregão, a alta do dólar frente ao real continuava favorecendo empresas exportadoras como Marfrig, Fibria e Suzano, que fecharam com ganhos.'Risco Trump'

Segundo operadores, a volatilidade deve seguir no radar até que se tenha mais definição do rumo a ser tomado por Trump e dos impactos de suas decisões no Brasil e em demais países, destaca a Reuters.

Nesta quinta, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu sucessor, Donald Trump, se reuniram na Casa Branca para começar as discussões sobre transição de poder e o presidente eleito disse que pretende pedir conselhos a Obama.

A vitória de Trump joga dúvidas sobre a condução da política de comércio exterior dos Estados Unidos e sobre o rumo da taxa de juros na maior economia do mundo.

A preocupação é de que sua política econômica seja inflacionária e, assim, obrigaria o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar os juros na maior economia do mundo, com potencial para atrair recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro.