Economia
Bovespa fecha em alta de 1% com melhora externa e Petrobras
Ibovespa avançou 1,06%, aos 61.767 pontos; Petrobras sobe mais de 3%
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta sexta-feira (14), impulsionada pelo melhora do humor no exterior após novos dados da China e com Petrobras entre os destaques de alta após a companhia anunciar nova política de preços com primeira redução no diesel e gasolina desde 2009.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, avançou 1,06%, aos 61.767 pontos - maior patamar desde 3 de setembro de 2014 (61.837 pontos).
O volume financeiro do pregão foi de R$ 9,06 bilhões, segundo a agência Reuters, em linha com a média diária para o mês até a quinta-feira.
Na semana, o índice avançou 1,08%. No mês de outubro, a bolsa acumula alta de 5,8%. No ano, há valorização de 42,5%.
Petrobras sobe mais de 3%
As ações preferenciais (que dão preferência na distribuição de dividendos) avançaram 3,17% e as ordinárias (que dão direito a voto em assembleias da empresa) da Petrobras subiram 2,29%. Os papéis preferenciais da petroleira fecharam em R$ 16,26, maior patamar desde 24 de outubro de 2014.
A companhia decidiu reduzir o preço do diesel em 2,7% e da gasolina em 3,2% na refinaria. Esses preços entrarão em vigor a partir da zero hora de sábado (15). Segundo a petroleira, se a redução aplicada na refinaria for integralmente repassada ao consumidor final, na bomba dos postos, o diesel pode cair 1,8%, ou R$ 0,05 por litro. Já a gasolina pode cair 1,4%, ou R$ 0,05 por litro. A última redução dos preços dos combustíveis foi em junho de 2009.
A Petrobras anunciou que fará reuniões mensais para avaliar os preços dos combustíveis e decidir se vai aumentar, reduzir ou manter os preços.
Vale PN avançou 1,85% e Vale ON subiu 1,52%, recuperando parte das perdas da véspera. O alívio nas preocupações com a economia da China ajudaram a sustentar os papéis da mineradora.
Braskem e CSN lideraram as altas do dia, com valorização de mais de 3%.
A Oi ON recuou 1,1%, enquanto OI PN perdeu 0,35%, após notícia de que a Anatel afirmou que o grupo de telecomunicações em recuperação judicial deve à autarquia mais de R$ 20 bilhões em multas e outras obrigações.
Cenário externo
Segundo a Reuters, as preocupações com a economia chinesa levantadas na véspera após dados do comércio exterior diminuíram nesta sessão, após a divulgação dos dados mostrando que os preços ao produtor na China subiram inesperadamente em setembro pela primeira vez em quase cinco anos e que a alta dos preços ao consumidor acelerou no mês passado.
"Sinais de estabilização importantes vindos da China, após dados fracos de exportações e importações. Num mundo que cresce pouco, e cujo equilíbrio parece cada vez mais instável, é algo a se comemorar", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.
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