Economia

Brasil registra ingresso de dólares no começo de outubro

No acumulado do ano, porém, mais de US$ 15 bilhões saíram do país

Por G1 13/10/2016 19h38
Brasil registra ingresso de dólares no começo de outubro
Reprodução - Foto: Assessoria

A entrada de dólares do Brasil superou a retirada de recursos em US$ 534 milhões na primeira semana de outubro, informou o Banco Central nesta quarta-feira (13).

O ingresso de divisas no país acontece após dois meses de retiradas. No mês passado, a evasão de dólares, de US$ 5,5 bilhões, foi a maior em sete meses.

No acumulado deste ano, até a última sexta-feira (7), entretanto, foi registrada mais retirada do que entrada de dólares no país. Neste período, US$ 15,22 bilhões saíram do Brasil, de acordo com o BC.

No mesmo período do ano passado, o país registrou movimento oposto: a entrada de dólares superou as retiradas em US$ 9,01 bilhões.

Impacto no dólar

A entrada de dólares em setembro favoreceria, em tese, a queda do dólar. Isso porque, com mais dólares no mercado, o preço tenderia a cair. Neste mês, de fato, o dólar vem caindo.

No fim de setembro, o dólar estava cotado a R$ 3,25 e, nesta quarta-feira (13), por volta das 12h40, estava negociado a R$ 3,21.

Segundo analistas, além do fluxo de dólares, outros fatores influenciam a cotação da moeda norte-americana, como o cenário externo, com a previsão de alta nos juros nos Estados Unidos, que tende a atrair capital para aquela economia; o cenário político no Brasil, com a aprovação da PEC do teto de gastos; e as intervenções do Banco Central, entre outros.

Interferência do BC

Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swap cambial (que funcionam como uma venda futura de dólares), ou de "swaps reversos" – que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro.

Nestas operações, o BC faz oferta de dólares para tentar controlar a cotação da moeda e impedir grandes oscilações. Além disso, essas operações servem para oferecer garantia (hedge) a empresas contra a valorização do moeda.

Nesta manhã, mantendo sua oferta habitual, o Banco Central vendeu em leilão todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de dólares.