Cooperativas

A importância das cooperativas de trabalho na atual situação do Brasil

Responsabilidade Social também é vista como estratégia para aumentar lucros e potencializar o desenvolvimento a longo prazo

Por Texto: Sebasttião Menezzes - Presidente e fundador do sistema COOPERVIG com Portal Contábeis 18/06/2019 15h44
A importância das cooperativas de trabalho na atual situação do Brasil
Reprodução - Foto: Assessoria
A sociedade passa por transformações e o mundo globalizado exige das empresas maior atenção aos problemas decorrentes de seu desempenho. É de conhecimento que o governo não possui condições de resolver sozinho os males sociais. Para suprir essa necessidade, é preciso que haja sinergia entre governo, empresas e sociedade civil. A Responsabilidade Social ganha novas visões: o que antes era compreendido apenas como doação ou filantropia, agora, por meio das cooperativas de trabalho, tornou-se uma estratégia necessária para o crescimento da organização, além de constituir-se uma ação transformadora e uma intervenção direta em busca da solução de problemas sociais, principalmente, no que diz respeito ao combate ao desemprego. A Responsabilidade Social também é vista como estratégia para aumentar lucros e potencializar o desenvolvimento a longo prazo. Os princípios que regem o cooperativismo requerem a prática da Responsabilidade Social. Deste modo, as metas que definem suas ações não devem ser meramente econômicas, mas também englobar a justiça e o compromisso com a comunidade. Entretanto, estas sociedades, tem encontrado grandes desafios pela frente, dentre os quais podemos apontar os seguintes: * Falta de políticas públicas de incentivo a criação de mais cooperativas, bem como a desburocratização, para a criação de tais organizações; * Falta de políticas que garantam o acesso ao credito por essas organizações, de forma que possam realmente participar ativamente da geração de renda das pessoas envolvidas; * Falta de profissionais de contabilidade qualificados em sistema cooperativista, que compreendam de forma clara e objetiva a diferença entre estas organizações e as de,ais sociedades; * Falta de apoio do legislativo, na criação de uma lei complementar tributaria que vislumbre o diferencial das cooperativas, garantindo às mesmas, tratamento tributário diferenciado conforme determinação da constituição federal; * Falta de legislação que regulamente de uma vez por todas as questões relacionadas á contabilidade das sociedades, substituindo algumas obrigações que são incompatíveis com as sociedades cooperativas, por outras especificamente destinadas a essas sociedades. Quando as autoridades do Brasil entenderem, que no Brasil e no mundo, a desigualdade é um fato, que se apresenta em diversos tons, tais, quais: * Desigualdade econômica; * Desigualdade de Gênero; * Desigualdade étnica; * Desigualdades regionais; * Desigualdade religiosa, etc; e Que o hiato na renda mundial, por exemplo, é maior a cada ano. E as consequências dessas disparidades são inúmeras, como nos mostram a recente crise migratória na Europa, a crise da Venezuela, ou a própria retração da economia brasileira. Ora, desigualdade retarda o crescimento do PIB e faz decrescer vários outros índices, refreando as perspectivas e, consequentemente, o dinamismo econômico. As desigualdades Sociais geram desemprego, degradação do capital humano, exclusão social, violência, crime e humilhação. E ainda impacta a participação democrática, causando conflito civil e fomentando a corrupção, como já virou algo "CONSIDERADO NORMAL NO COTIDIANO BRASILEIRO". As desigualdades Estruturais, Influenciam negativamente sobre a educação, nivelando-a por baixo; criando, assim, um círculo vicioso de desigualdades, com disparidades de formação e empregatícias. As desigualdades democráticas, desestimulam a vida cívica e social e os processos de tomada de decisão coletiva. Dessa forma, agrava o problema da responsabilização de governos e fomenta os conflitos civis. Além de incentivar a corrupção. O ex-secretário geral da ONU fez um comunicado no qual ressaltou: “Desigualdade é um obstáculo para o desenvolvimento, privando as pessoas dos serviços básicos e oportunidades para construir uma melhor vida para eles e seus filhos”. De acordo com a ONU, ainda há esperanças. Ainda neste comunicado, o chefe ex chefe das Nações Unidas aponta o modelo cooperativo como uma forma para vencermos a desigualdade, já que se trata de um tipo de negócio pautado pela inclusão e pela sustentabilidade. Ele disse acreditar que o potencial de contribuição das cooperativas para o desenvolvimento sustentável é enorme. O então chefe das Nações Unidas,àquela época, disse acreditar que o modelo de cooperativa ajudará os países a ultrapassar o desafio da desigualdade, porque o sistema tenta manter os princípios da igualdade e da democracia participativa. Falta agora, que cada um dê sua contribuição, compartilhando este material em suas redes sociais, para que nossas autoridades olhem um pouco mais para nossas cooperativas.