Cooperativas

Tribunal de Justiça de Alagoas vai instalar centro de conciliação na cooperativa Sicredi

Objetivo é fazer com que cooperados negociem dívidas com instituição financeira, evitando entrada de processos no Judiciário

Por Assessoria 11/01/2019 18h57
Tribunal de Justiça de Alagoas vai instalar centro de conciliação na cooperativa Sicredi
Reprodução - Foto: Assessoria
O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) vai instalar um centro de conciliação na cooperativa Sicredi, localizada no bairro Mangabeiras, em Maceió. O objetivo é fazer com que os cooperados possam negociar suas dívidas com a instituição financeira, evitando a entrada de processos no Judiciário. O convênio entre TJAL e Sicredi foi firmado na manhã desta sexta-feira (11), na sede do Tribunal. De acordo com o presidente Tutmés Airan, a iniciativa é pioneira. “Esse convênio tem um ineditismo porque é a primeira vez que se monta um setor de mediação e conciliação dentro de uma estrutura bancária. Em vez de a cooperativa entrar com um processo para cobrar judicialmente a dívida, ela vai chamar o devedor e tentar encontrar com ele uma solução para o problema”, explicou. Ainda segundo o desembargador, o Judiciário de Alagoas está aberto para outras instituições financeiras que desejarem instalar um centro de conciliação em suas unidades. “Qualquer banco que quiser fazer algo semelhante pode nos procurar. A conciliação é certamente muito mais rápida do que a solução típica tradicional onde o juiz sentencia”, destacou. A expectativa é que o centro de conciliação comece a funcionar ainda neste mês. Na avaliação do diretor institucional do Sicredi Alagoas, Maurílio Ferraz, o convênio deve trazer resultados positivos para o Judiciário e para a cooperativa, que conta com 16 mil clientes. “Temos hoje 700 processos de cobrança ajuizados. A ideia é reduzir para 10% disso com o trabalho de conciliação. Quanto menos processos, melhor para todo mundo”, disse. Maurílio Ferraz destacou ainda os benefícios para os cooperados que se encontram endividados. “Quando são chamados para conciliar, eles acabam livres de custas judiciais, dos honorários advocatícios e de mais juros”. Segundo o juiz José Miranda Santos Júnior, coordenador-geral do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), o objetivo do TJAL é criar vários centros de conciliação pré-processual no Estado. “Essa iniciativa tem uma relevância social grande e contribui para desafogar o Judiciário”.