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Conheça as intervenções fisioterapêuticas na cirurgia de próstata

Cooperativa de fisioterapeutas trata pacientes para a obtenção de melhores resultados

Por Ascom Sistema OCB/AL 03/12/2018 10h50
Conheça as intervenções fisioterapêuticas na cirurgia de próstata
Reprodução - Foto: Assessoria
A campanha “Novembro Azul” chega ao fim. Seu papel é conscientizar os homens sobre a prevenção do câncer de próstata, que, no Brasil, é uma das principais causas de morte para o sexo masculino. Um homem morre a cada 38 minutos de acordo com dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer. Os exames preventivos devem ser realizados a partir dos 40 anos, pois, quando diagnosticada e tratada no início, apresenta redução do risco de mortalidade. Em caso de diagnóstico positivo, o tratamento deve ser iniciado, e isso inclui reabilitação física antes e após a cirurgia. O tratamento fisioterapêutico no câncer de próstata deve começar na fase pré-operatória, para fortalecimento prévio da região pélvica, mas muitas vezes o paciente só recebe orientação para começar esse tratamento após a cirurgia, e quando aparecem quadros de perdas urinárias, fecais ou de disfunção sexual. De acordo com Jeniffer de Almeida, membro da Cooperativa de Fisioterapeutas de Alagoas (Fisiocoop) e especialista em Fisioterapia Pélvica, essa é uma área ainda pouco explorada de forma preventiva. “O correto seria começarmos os trabalhos no pré-operatório, mas a maioria dos pacientes chega após a cirurgia realizada e apresentando quadros críticos de perda de força na região pélvica”, explica. Além disso, Jeniffer também pontua a porcentagem alta de pacientes com diagnóstico tardio do câncer. “O que pode diretamente agravar a situação de perda de força pélvica no pós-operatório, popularmente conhecida como incontinência urinária e anal, assim como pode ocorrer também disfunção sexual e até perda de estímulo na região genital”, disse. O paciente A. V. B. N, de 66 anos, atendido pela Fisiocoop há três anos, contou sua experiência: “Eu costumava fazer exames anuais e nunca foi detectado nada. Mas, em determinado momento, senti que havia algo errado e procurei outro médico. Este conseguiu identificar a presença de câncer de próstata em nível intermediário e indicou o início do tratamento fisioterapêutico antes da cirurgia. Mas eu não achei profissionais capacitados na época”. Após dois anos da cirurgia de A.V.B.N. as sequelas se intensificaram, a incontinência urinária aumentou, e ele precisou aprofundar a busca por profissionais para iniciar o tratamento. Foi quando encontrou na Fisiocoop. “Fiz a cirurgia há cinco anos e o tratamento fisioterapêutico só iniciei há três anos. Essa demora prejudicou minha recuperação, não temos tido a resposta esperada. Provavelmente a situação seria outra se eu tivesse feito de forma preventiva. A literatura diz que a fisioterapia pélvica é a melhor metodologia para tratamento e há um ano eu estou estável, mas ainda não da forma como eu gostaria de estar. Mas não é culpa do tratamento, e sim do tempo levado para iniciá-lo”, explicou o paciente. Avaliações fisioterapêuticas individuais e detalhadas devem ser feitas nos homem para identificar em que grau de força se encontra a musculatura da região pélvica, que contém órgãos como bexiga e reto, e a partir daí o fisioterapeuta define os recursos a serem utilizados como biofeedback, que auxilia na conscientização da musculatura envolvida, eletroestimulação, cinesioterapia, exercícios para a musculatura e orientações essenciais para o retorno às atividades de vida diária e melhora na qualidade de vida do homem.