Cooperativas

Audiência com MPT do Caso Unimed é marcada para dia 11

Segundo sindicato da categoria, quatro demissões foram oficializadas nesta quarta-feira (28) e outras três são aguardadas nesta quinta (29)

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 29/11/2018 08h22
Audiência com MPT do Caso Unimed é marcada para dia 11
Reprodução - Foto: Assessoria
Num desdobramento da denúncia de demissão de 43 funcionários do Hospital Unimed Maceió, o Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT-AL) informou que uma audiência está marcada para dia 11 de dezembro para discutir o assunto. O procurador designado para acompanhar o caso é Matheus Gama e segundo a assessoria de comunicação do MPT ele recebeu a denúncia do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Alagoas (Seesse-AL) e está tomando conhecimento sobre os fatos. Enquanto isso, as demissões começaram a ser oficializadas nesta quarta-feira (28), segundo o sindicato da categoria. O presidente da Seesse, Francisco Lima, afirmou que quatro pessoas foram encaminhadas para realizar a homologação. A expectativa é que mais três demissões sejam oficializadas nesta quinta-feira (29). “Eles mandaram quatro trabalhadores para homologar, já foram confirmadas quatro demissões e informações que nós temos é que tem mais três. Um deles chorou lá no sindicato, é muito triste”, diz. A reportagem da Tribuna Independente entrou em contato com a Unimed para comentar o assunto. Segundo a instituição, ainda não houve comunicado oficial sobre a audiência. REAÇÃO Em resposta às demissões, uma reunião na manhã desta quarta envolveu além do Seesse, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Alagoas (Sateal), Federação e Confederação dos trabalhadores em saúde. Ao fim do encontro, um documento foi elaborado para ser encaminhado à direção da Unimed. “Foram seguidas orientações da Federação e Confederação. A primeira ratificando o repúdio à demissão em massa e terceirização. Além disso, marcamos uma assembleia geral com todas as entidades da saúde, que tem representação no Hospital para se tomar uma decisão que possa abranger todos os trabalhadores do Hospital Unimed. Categorias administrativa e de limpeza, enfermagem como também as demais profissões. Nesta assembleia estarão presentes também as centrais sindicais. Nós também enviamos documento com assinatura de seis entidades para o diretor da Cooperativa Unimed”, informou Francisco Lima. Segundo o sindicalista, a preocupação das entidades é que outras áreas sejam afetadas com a terceirização. “Diante da preocupação com as demais categorias, as representações decidiram que o movimento vai ser coletivo. Neste momento, quem foi atingido foi o pessoal da nutrição, mas diz o velho ditado ‘onde há fumaça, há fogo’ e algumas pessoas já estão preocupadas, porque não confiam mais que como surgiu essa ideia agora de terceirizar a nutrição, outros setores podem também passar por isso. Nos documentos nós deixamos claro que há qualquer momento pode ser decretada uma greve geral. Se persistirem com essa ideia, teremos paralisação por tempo indeterminado”, reforça. Ainda de acordo com o presidente do Seesse, eles também aguardam informações complementares solicitadas à direção da Unimed sobre a situação da empresa terceirizada. “Recebemos a informação de que essa empresa estaria com pendências na Receita Federal, estamos aguardando a confirmação. Por isso pedimos a certidão e acreditamos que um dos primeiros procedimentos do MPT será questionar a situação desta empresa”, pontua Francisco Lima.