Cooperativas
Leitores revelam paixão pelo jornalismo impresso
“Existem assuntos que só os impressos dão de maneira mais detalhada”, afirma estudante Weverton Rodrigues
“Jornais e revistas são muito eficazes. O mercado anunciante e a sociedade não podem ficar reféns de certas tendências que ameaçam não apenas um modelo tradicional de comunicação, mas a própria democracia. Alguém consegue imaginar o que seria do Brasil sem a presença de um jornalismo independente?”, expôs Carlos Alberto Di Franco, em sua coluna de opinião, no site do jornal Estadão, em abril de 2015.
O jornalista se referia ao surgimento das mídias digitais e a maneira como as informações eram feitas. Para ele, a notícia tem que ser produzida e ser rica em detalhes com informações verídicas e ouvindo todos os envolvidos.
E é assim que pensam alguns leitores dos impressos, que revelaram ter um carinho pelo jornal Tribuna Independente.
O estudante Weverton Rodrigues costuma ficar informado do que está acontecendo através dos sites e jornais televisionados, mas ele disse que quando existem assuntos que lhe chamam a atenção procura ler em impressos. “Tem assuntos que só os impressos dão de maneira mais detalhada e com informações que faltam nas mídias digitais. Eu confesso que não leio diariamente, mas sempre que posso estou com um exemplar em mãos’’, contou.
“O impresso pode ser o diferencial, mas para isso tem que usar as mídias digitais apenas como pauta e aprofundar a informação com novos dados e não replicar a notícia. É uma forma de atrair o público leitor. Em vários países desenvolvidos os jornais impressos sobrevivem e continuam sendo diários”, comentou o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, Izaías Barbosa.
“Senso crítico é forte aliado da mídia impressa”, diz estudante
Já a jornalista Beatriz Nunes tem o hábito de ler os jornais impressos. Ela diz que cada veículo tem sua importância. “Mas, vejo no impresso detalhes de apuração que a correria do site não permite. Da mesma forma que uma revista consegue trazer grandes reportagens pelo tempo de apuração e de aprofundamento na reportagem”, afirma a profissional.
“Se você parar para comparar uma mesma matéria em site, impresso, TV e rádio, fica mais fácil identificar riquezas na tratativa de cada uma. Esse aprofundamento do assunto deixa os textos mais ricos e isso jamais pode morrer”, destaca Beatriz.
“Os novos meios de comunicação são um ganho para nós leitores, mas, no meu ponto de vista, é muito bom poder ler no outro dia um texto mais rico em detalhes e, por que não dizer, mais completo”, completou a jornalista.
SENSO CRÍTICO
O estudante de relações públicas José Neto destaca outra qualidade para continuar sendo um leitor do conteúdo impresso. “Gosto do jornal Tribuna Independente. Um aspecto que ressalto nele talvez seja a visão crítica dos jornalistas, e é isso que mais gosto. A maioria dos assuntos abordados no jornal tem uma relevância com o cotidiano. É um jornalismo mais abrangente, diferente dos demais jornais, e além disso, no geral, não é tão comercial. Acredito que é feito com notícias de interesse do público”.
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