O engenheiro alagoano Marco Lyra, CEO da Ocean Protections, um dos maiores especialistas em proteção costeira do Brasil, vai participar na noite desta quinta-feira, a partir das 19 horas, da Live do Genat no canal (youtube.com/genatufpb) palestrando sobre estratégias para mitigar os efeitos do avanço do mar de forma sustentável. Na oportunidade ele também fará uma rápida apresentação mostrando os casos de sucesso em Alagoas.
E reforçando o compromisso com obras de proteção costeira sustentáveis e a recuperação da praia natural recreativa, unindo a engenharia costeira e o meio ambiente, tendo como mediador o professor Saulo Vital, da Universidade Federal da Paraíba, o engenheiro também vai abordar um tema muito polêmico na atualidade que é a megaobra de Itapoá, em Santa Catarina, que é a maior obra de engorda artificial do Brasil, com mais de 7 quilômetros.
O GENAT na Paraíba é um grupo de pesquisa da UFPB, na verdade o Grupo de Pesquisa em Geomorfologia e Gestão dos Riscos Naturais, que se dedica a estudar riscos geomorfológicos, mudanças climáticas e desastres naturais. O grupo organiza eventos como workshops e lives para debater esses temas com especialistas e estudantes, conforme eventos planejados para 2025.
Para o engenheiro, que tem se dedicado a alertar governos estaduais e municípios sobre o perigo do avanço do mar, apresentando soluções naturais e de alta tecnologia, como o sandbag e o bagwall, o projeto de alargamento da faixa de areia que prevê a recuperação de cerca de 7,5 km de orla, com a aplicação de aproximadamente 6 milhões de metros cúbicos de areia retirada da dragagem do canal de acesso à Baía da Babitonga, que atende os portos de Itapoá e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, é preocupante.
Para o engenheiro, no alargamento de praias (Engorda de Praia), é uma técnica de engenharia que consiste em aumentar a faixa de areia através da adição de sedimentos, geralmente dragados do fundo do mar, ou de canais. Mas os perigos e impactos incluem um grande impacto na Fauna Marinha, alterações no ecossistema costeiro e pode afetar até a qualidade da água, já que a dragagem pode liberar sedimentos e contaminantes (como metais pesados ou nutrientes) que estavam no fundo do mar para a coluna de água, afetando a qualidade da água e a vida marinha.