Ciência e Tecnologia

Nova parabólica digital usa a mesma tecnologia de países desenvolvidos; conheça as vantagens

Equipamento oferece melhor qualidade de som e de imagem e maior oferta de canais

Por Assessoria 04/05/2023 09h07 - Atualizado em 04/05/2023 16h51
Nova parabólica digital usa a mesma tecnologia de países desenvolvidos; conheça as vantagens
Equipamento oferece melhor qualidade de som e de imagem e maior oferta de canais - Foto: Assessoria

O Brasil passa por um momento importante na evolução do sinal de TV aberta: as parabólicas tradicionais estão sendo substituídas pela nova parabólica digital, popular em países da Europa e nos Estados Unidos. Entre as vantagens, está a melhoria da qualidade de som e imagem e o maior número de canais disponíveis, incluindo programação regional.

Décadas atrás, quando as parabólicas chegaram ao Brasil, a banda escolhida para transmitir o sinal de TV via satélite foi a C, utilizada até hoje pelas parabólicas tradicionais. Apesar de precisar de uma antena mais robusta e pesada, e de estrutura mais cara para a transmissão de canais, na época, era a faixa de sinal mais indicada para regiões tropicais, pois tinha mais resistência a interferências relacionadas às chuvas.

Com a evolução da tecnologia, os equipamentos que recebem o sinal da Banda Ku ficaram mais resistentes em relação às mudanças climáticas, sendo apropriados até mesmo para áreas com muita chuva, como a região da Amazônia brasileira.

“O avanço tecnológico possibilitou o uso da Banda Ku em todo o Brasil. A chegada do 5G acelerou a adoção da nova parabólica digital. Primeiramente, ela passou a ser utilizada pelos serviços de assinatura. Agora, estamos vivendo a transição da TV aberta para a nova faixa”, explica Carlos Nazareth, diretor do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).

Por que fazer a troca


A transição dos canais de TV aberta da Banda C para a Banda Ku foi impulsionada pela chegada do 5G ao Brasil. A quinta geração de tecnologia de rede móvel ocupa a mesma frequência utilizada pelas parabólicas tradicionais, com isso, quando o sinal é ativado em uma região, podem ocorrer chuviscos, chiados, a imagem pode travar e até ser interrompida. A interferência causada pelo 5G fez autoridades do setor de telecomunicações no Brasil decidirem pela migração dos canais para a nova faixa, que é mais alta e não sofre impactos da nova tecnologia. Com isso, o sinal da parabólica tradicional será desligado em breve.

Famílias de menor renda inscritas em Programas Sociais do Governo Federal e que já tenham a antena parabólica tradicional em pleno funcionamento, não precisam se preocupar com o custo da mudança, pois têm direito ao equipamento e à instalação gratuitos. Para saber se o agendamento já está aberto na sua cidade, basta acessar o site sigaantenado.com.br ou ligar para 0800 729 2404.

“A partir da abertura dos agendamentos na cidade, é importante que as famílias nos procurem o quanto antes para realizar a substituição do equipamento. Assim, não sofrerão interferências do 5G e poderão usufruir logo dos benefícios da nova parabólica digital”, afirma Leandro Guerra, presidente da Siga Antenado.

A substituição é realizada pela Siga Antenado, Entidade Administradora da Faixa criada por determinação da Anatel, responsável por apoiar a população durante a migração do sinal de TV utilizado pelas parabólicas tradicionais (banda C) para o sinal das parabólicas digitais (banda Ku). A Siga Antenado é formada pelas operadoras Claro, TIM e Vivo, que foram as vencedoras dos blocos nacionais do leilão do 5G, com as licenças da faixa 3,5 GHz.

Brasil é destaque na migração de faixa

Quando o assunto é TV via satélite, o Brasil é o país que teve maior sucesso na democratização do sinal. Isso porque, na maioria dos países, as parabólicas são utilizadas para receber sinal de canais por assinatura, explica o diretor do Inatel. Por aqui, ela foi uma aliada para a TV aberta chegar a lugares mais restritos, que a TV a cabo, terrestre, não conseguia alcançar.

“O nosso desafio com a chegada do 5G é muito maior do que em qualquer região do globo. Porque o país sempre utilizou muito o sinal via satélite e na Banda C, que será afetada pelo sinal de internet. Por outro lado, estamos atualizando os aparelhos da população mais pobre para um equipamento muito superior, mais disseminado em todo o mundo, com mais canais e melhor qualidade de imagem e som”, afirma Leandro Guerra, presidente da Siga Antenado.