Ciência e Tecnologia

Após 40 anos, teste de DNA ajuda a identificar vítima de serial killer

Por Olhar digital 15/11/2021 13h15
Após 40 anos, teste de DNA ajuda a identificar vítima de serial killer
Reprodução - Foto: Assessoria
Depois de mais de 40 anos a polícia do Condado de Cook, em Illinois nos EUA, identificou o corpo de uma vítima do serial killer John Wayne Gacy, apelidado de ‘Palhaço Assassino’ e responsável pela morte de – ao menos – 33 pessoas na região de Chicago, na década de 70. A descoberta foi feita através de um teste genético das amostras coletadas, usando o DNA para traçar uma árvore genealógica. A vítima foi Francis Wayne Alexander, que possivelmente foi morto entre dezembro de 1976 e março de 1977, aos 21 ou 22 anos de idade. A identificação só foi possível por conta de um dos molares de Alexander, que era conhecido apenas como “Vítima de Gacy Número Cinco”. O material passou pela análise genética, o que permitiu a comparação de dados de DNA com o de parentes vivos. O dente molar foi encontrado em um esconderijo na residência do serial killer e estava junto a outros 26 molares. O corpo de Alexander foi enterrado sem identificação ao lado de outras sete vítimas, que foram exumadas em 2011 para que essa identificação pudesse ser feita por testes de DNA. O caso dele era um dos mais complicados, pois sua família achava que ele tinha saído de casa por problemas familiares e desavenças. Por isso, o desaparecimento de Alexandre nunca foi reportado à polícia. A genealogia genética analisa perfis do DNA em combinação com métodos genealógicos tradicionais para determinar relações genéticas entre as pessoas. O entendimento da genética avançou ao longo dos anos e hoje ela também usada para saber as origens de seres vivos, sem contar que facilita o desenvolvimento de vacinas e outros medicamentos. No âmbito criminal, o primeiro caso do uso de DNA como prova aconteceu no ano de 1986, na Inglaterra. Na situação, Colin Pitchfork foi identificado como o responsável pelo estupro e morte de Lynda Mann, em 1983, e Dawn Ashworth, em 1986. No caso de Alexander, a ONG DNA Doe Project – criada para usar DNA na resolução de casos criminais – auxiliou na identificação das vítimas. Após as amostras de DNA serem colhidas, elas foram incluídas no banco de dados da GEDmatch, uma empresa especializada em genealogia genética.