Ciência e Tecnologia

Mozilla fecha acordo bilionário para manter Google como padrão de busca do Firefox

Mozilla vai receber ao menos US$ 1,2 bilhão ao longo de três anos para o Firefox dar prioridade ao Google em vários países

Por Texto: Victor Hugo Silva com Tecnoblog 16/08/2020 16h33
Mozilla fecha acordo bilionário para manter Google como padrão de busca do Firefox
Reprodução - Foto: Assessoria
Em meio à reestruturação devido à pandemia do novo coronavírus, a Mozilla garantiu uma parte importante de sua receita para os próximos três anos. A organização chegou a um novo acordo para manter o Google como buscador padrão do Firefox em vários países. A renovação, que aconteceria apenas em novembro, foi antecipada e envolve o pagamento de ao menos US$ 1,2 bilhão ao longo dos próximos três anos. Segundo fontes do The Register, o acordo gira entre US$ 400 milhões e US$ 450 milhões por ano até 2023. A Mozilla confirmou na quinta-feira (13) que renovou sua parceria com o Google, mas não deu detalhes sobre a duração ou os valores da negócio. De acordo com a organização, a relação entre as partes não foi alterada e o buscador seguirá como padrão no Firefox em vários países. Os acordos como os que priorizam certos buscadores em algumas regiões oferecem à Mozilla uma boa parte de seu financiamento. Em 2018, eles representaram 95% de sua receita de quase US$ 451 milhões. A quantia foi essencial para pagar os cerca de 1.000 funcionários, que, naquele ano, representaram uma despesa de aproximadamente US$ 286 milhões. Mozilla demitiu 250 funcionários Ainda não está claro se o acordo influenciará os planos financeiros da Mozilla. Na terça-feira (11), cerca de 250 funcionários foram demitidos e o escritório em Taiwan foi fechado. A organização declarou que a decisão foi influenciada pela pandemia do novo coronavírus. O ajuste já acontecia desde o início de 2020, quando 70 pessoas foram demitidas sob a justificativa de “garantir estabilidade financeira a longo prazo”. No entanto, a pandemia forçou um ajuste ainda mais acentuado. “Nosso plano pré-COVID não é mais viável. Falamos sobre a necessidade de mudanças — incluindo a possibilidade de demissões — desde a primavera [segundo trimestre]. Agora, essas mudanças se tornaram reais”, afirmou a organização.