Ciência e Tecnologia

Novo vírus se espalha no Facebook com vídeo de suposta prisão de Lula

Arquivo executável instala programa malicioso no PC e pode roubar dados bancários

Por Texto: Nicolly Vimercate com Tech Tudo 26/01/2018 17h38
Novo vírus se espalha no Facebook com vídeo de suposta prisão de Lula
Reprodução - Foto: Assessoria
um vídeo no Facebook que promete imagens da prisão do ex-presidente Lula está sendo usado para instalar vírus no computador. A mensagem maliciosa foi descoberta sexta-feira (26) pela empresa de antivírus Karspersky Lab e se aproveita da polêmica envolvendo a condenação de Luís Inácio Lula da Silva, que aconteceu nesta semana. O conteúdo é disseminado em forma de post patrocinado na rede social e usa o nome do portal de notícias "IG" para enganar usuários. Quem clica na publicação para assistir ao suposto vídeo é levado para uma página de download do arquivo “acompanhe.exe”. Trata-se de um trojan bancário, software malicioso capaz de roubar dados. De acordo com a Karspersky, criminosos têm se aproveitado da estrutura de campanhas patrocinadas no Facebook para hospedar malwares, já que a rede social não analisa previamente o conteúdo dos anúncios. Para que um post seja retirado do ar, é preciso que haja denúncia de usuários. Até lá, muitas pessoas podem ser atingidas pelo golpe. “Os criminosos criam as páginas e anexam arquivos maliciosos nela, geralmente em formato .ZIP, disseminando links que apontam para este arquivo hospedado no Facebook. Para o criminoso é vantajoso, pois se trata de uma hospedagem gratuita. Além disso, essas campanhas maliciosas enganam muitas pessoas já que o link recebido realmente aponta para o site da rede social”, explica Fabio Assolini, analista de segurança da empresa. Ainda segundo a empresa, o falso vídeo já foi retirado do ar. O conteúdo estava hospedado em um site governamental, da prefeitura de uma cidade do Rio Grande do Sul. Como se proteger? É comum que temas polêmicos ou que estejam em evidência nos jornais sejam usados para espalhar vírus. Por isso, outros falsos vídeos envolvendo o ex-presidente Lula podem surgir no Facebook ou WhatsApp. Para se proteger, o usuário deve ficar atento aos posts e evitar clicar em notícias de teor sensasionalista. Também é recomendado verificar a veracidade do conteúdo, acessando o suposto site de origem e checando: o endereço do portal, a data de publicação, se há erros de ortografia ou omissão de informações. Vale lembrar que é perigoso compartilhar conteúdos antes de ler.