Ciência e Tecnologia
Microsoft e Banco Votorantim investem R$ 1 mi em fintech de negociação
A QueroQuitar oferece uma plataforma na internet para acordos de forma mais rápida
09/12/2017 09h43
As grandes companhias seguem acompanhando o avanço das fintechs, as startups do setor financeiro. Nesta sexta-feira (08/12), a Microsoft e o Banco Votorantim anunciaram um investimento de R$ 1 milhão na QueroQuitar, uma jovem empresa que facilita a negociação de dívidas e a educação financeira pela internet. O aporte foi feito por meio do fundo BR Startups, idealizado pela própria Microsoft e gerido pela MSW Capital.
Fundada em 2015, a QueroQuitar permite fazer acordos pela internet de forma mais amigável. A plataforma, que é gratuita para o consumidor, já ajudou aproximadamente 280 mil pessoas a resolverem pendências financeiras. Funciona como uma mesa de negociação online: o consumidor faz uma proposta à empresa, há uma negociação e fecha-se o acordo. O consumidor não paga nada, a empresa é que arca com a conta, mas ganha seu dinheiro de volta. "O QueroQuitar surgiu da ideia de criar uma disrupção no mercado de cobrança no Brasil — não só do ponto de vista tecnológico, mas comportamental", disse Marc Lahoud, CEO da plataforma, à NEGÓCIOS. Segundo o empreendedor, qualquer um que quisesse quitar suas dívidas tinha de passar pela experiência nada agradável de lidar com um cobrador. "Nós empoderamos o consumidor com um canal construído para ele e tiramos a aflição do processo de negociação." Além de ajudar a quitar a dívida, a plataforma também começou a oferecer educação financeira. Lahoud aponta que, hoje, 53% das pessoas no Brasil que negociam voltam à inadimplência no mesmo ano. "Essa dinâmica tem que mudar." A startup foi escolhida entre mais de 80 fintechs em um processo de seleção que buscava identificar empresas que transformavam seus mercados de atuação. Lahoud elogia a iniciativa de grandes empresas se aproximarem das novatas: "Isso mostra um movimento muito saudável". Franklin Luzes, COO da Microsoft Participações, afirma que a QueroQuitar tem "modelo de negócio amadurecido" e demonstra "forte potencial de inovação". "Nosso foco é promover a transformação digital em empresas de setores estratégicos como, por exemplo, o setor financeiro", declarou em comunicado. O Banco Votorantim, por sua vez, enfatizou o interesse em "parcerias com startups que tragam novidades impactantes para o nosso setor" e poderá utilizar a plataforma da QueroQuitar para negociação da carteira em atraso do seu braço no varejo, a BV Financeira. "Entendemos que existe uma grande capacidade de geração de valor entre o mundo bancário tradicional e as fintechs", disse Gabriel Ferreira, diretor de varejo, marketing e inovação digital do banco, em comunicado. A startup está em um mercado promissor. Um levantamento divulgado no mês passado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que o país encerrou o mês de outubro com aproximadamente 59,3 milhões de consumidores com contas em atraso ou com CPF restrito a contratação de crédito ou compras parceladas.Mais lidas
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