Ciência e Tecnologia
Tradução malfeita do Facebook resulta em prisão de palestino
A polícia de Israel prendeu um homem palestino na semana passada por conta de uma tradução malfeita pelo Facebook. Vários israelenses denunciaram uma postagem da vítima em questão na qual ele posava ao lado de uma escavadeira em uma foto com a legenda dizendo “bom dia” em árabe. A rede social, por sua vez, traduziu o texto para “ataquem eles” em hebraico. Para o inglês, a tradução também era errônea e dizia “machuquem eles”.
De acordo com o periódico israelense Haaretz, depois das denúncias, a polícia prendeu o homem e o manteve detido por várias horas até perceber o erro. Outro aspecto que tornava a situação suspeita era a foto da vítima com a escavadeira, uma vez que esse veículo já foi usado no passado para ataques terroristas na região. A polícia admitiu que nenhum oficial que falava árabe foi consultado antes de a prisão acontecer e, por isso, o homem ficou detido em um distrito próximo a Jerusalém.
Post foi apagado depois da polêmica
Não é a primeira vez que traduções malfeitas do Facebook causam esse tipo de polêmica. No começo de outubro, uma mãe moradora do Texas, nos EUA, postou uma foto com suas duas crianças e legendou da seguinte forma: “Mis ½ Mexicanitos”, algo como “meus dois mexicaninhos”. Contudo, o Facebook traduziu automaticamente o termo “mexicanitos” para “wetbacks” ou “costas molhadas”, um termo muito pejorativo usado nos EUA para degradar imigrantes latinos.
A tradução automática de postagens do Facebook foi lançada em 2011 e, na época, usava o motor de traduções do Bing, da Microsoft. Em 2015, a rede social assumiu as rédeas da tradução e vem usando sua própria tecnologia no momento. Na segunda metade deste ano, a plataforma migrou da tradução por palavras e segmentos de frases para um processo que envolve frases inteiras, o que deveria gerar resultados mais precisos e naturais.
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