A Federação das Organizações da Cultura Popular e do Artesanato Alagoano (Focuarte) vai representar a cultura e o notório saber de Alagoas na COP 30. O convite foi feito, com exclusividade, pelo Ministério da Cultura (MinC) ao presidente da entidade, Mestre João Lemos, para compor a delegação do Brasil.

A Focuarte estará presente no evento de 10 a 21 de novembro. “Os encontros são pautados em notório saber e preservação do meio ambiente nas comunidades, onde mestres e mestras estão inseridos. Eles realmente trabalham com a preservação da casa comum, do espaço onde vive. Enfim, do cuidado com a natureza”, explicou Lemos.

Além da valorização de saberes ancestrais, o MinC enfatiza a cultura como ferramenta para promoção do balanço ético global. A pasta também incentiva o consumo consciente e a adoção de um estilo de vida mais sustentável, a fim de garantir a efetiva inclusão da agenda cultural nas discussões sobre clima e meio ambiente.

A entidade de cultura de Alagoas vai participar em três debates distintos. “Esses são os três principais que estarei participando, mas haverá outros paralelos, que também acompanharei”, informou o presidente da Focuarte. São eles:

● “Guardiões da Floresta: Os Saberes Tradicionais Quilombolas e Populações Amazônicas como Alavanca para a Justiça Climática Global”, na segunda-feira (10), das 16h15 às 17h05, no Auditório Cumaru, Zona Azul do Pavilhão Brasil, MinC;

● “Pontos de Cultura e Justiça Climática: saberes comunitários para o futuro do planeta – Rumo à 6ª Teia”, na quarta-feira (12), das 10h às 11h, no Auditório Jandaíra, Zona Verde do Pavilhão Brasil, MinC; e

● “Cultura e adaptação climática - financiamento para o patrimônio cultural como bem público global”, na Zona Azul, quinta-feira (13), das 11h15 às 12h15, no Auditório Cumaru, Zona Azul do Pavilhão Brasil, MinC.

COP 30

O Brasil é o anfitrião da 30º edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – a COP 30. O encontro ocorre de 10 a 21 de novembro, na cidade de Belém (PA). O principal objetivo do evento é definir medidas necessárias para limitar o aumento da temperatura do planeta.

A programação está dividida em dois espaços diferentes: a zona verde e a zona azul. A chamada zona verde vai reunir sociedade civil, instituições públicas e privadas, além de líderes globais, em debates sobre o clima. Já a zona azul vai ser o palco oficial das negociações da Cúpula de Líderes e dos pavilhões nacionais.