Cidades

Mais uma atuação determinante do MP de Alagoas leva homicida a 24 anos de reclusão

Paulo Sérgio Ambrósio dos Santos é condenado pelo assassinato de Ívio Thyeres dos Santos Ramos no Vergel do Lago

Por Ascom MP/AL 31/10/2025 00h13 - Atualizado em 31/10/2025 01h33
Mais uma atuação determinante do MP de Alagoas leva homicida a 24 anos de reclusão
Promotora de Justiça Adilza Freitas - Foto: Ascom MP/AL

Paulo Sérgio Ambrósio dos Santos sentou no banco dos réus, nesta quinta-feira (30), para responder pelo homicídio que vitimou Ívio Thyeres dos Santos Ramos. O crime ocorreu em 2016, no bairro Vergel do Lago, no “Bar da Vera”, situado à Travessa José Cavalcante, nº 19.

Em um debate desafiador, o Ministério Público de Alagoas (MP/AL), representado pela promotora de Justiça Adilza de Freitas, atuou com firmeza e conseguiu convencer o Conselho de Sentença, que acatou as qualificadoras de motivo torpe e de recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão, em regime fechado.

O acusado, também conhecido como “PC”, já possuía outros antecedentes criminais. Segundo a denúncia, ele integrava uma facção criminosa que dominava a região. Ívio Thyeres já havia sofrido um atentado cometido por dois homens conhecidos como “Fofão” e “Tampa”, que, à época, foram presos. Para o grupo, Ívio era considerado um “X-9” (informante do tráfico), motivo pelo qual foi morto de forma traiçoeira, em vingança. “Fofão” era genro de “Eraldo do Gás”, traficante bastante conhecido pelas polícias e amigo de Paulo Sérgio.

Marcado para morrer, Ívio Thyeres havia se mudado do bairro por medo, mas costumava retornar para visitar o filho. Posteriormente, Eraldo, “Fofão” e “Tampa” também foram assassinados.

O caso

No dia 10 de abril de 2016, por volta das 19h, Ívio Thyeres chegou ao “Bar da Vera”, pediu uma cerveja e sentou-se em uma cadeira em frente à porta da rua, adormecendo logo em seguida — o que o tornou um alvo fácil. Sabendo da intenção de Paulo Sérgio de matá-lo, um homem avisou sobre sua presença e vulnerabilidade.

O réu, então, foi ao local de bicicleta, armado, e já chegou atirando, sem dar qualquer chance de defesa à vítima, que não tinha envolvimento com a criminalidade.

Após o assassinato, Paulo Sérgio, o informante e o comandante do tráfico na área — identificado como “Eraldo do Gás”, já falecido — foram beber para comemorar o crime.

“Todos têm o direito de viver. A vítima deixou filhos ainda crianças, que até hoje sofrem as consequências desse bárbaro crime. O egoísmo de quem mata ignora a dor dos órfãos. Nosso compromisso é com a defesa da vida em sua plenitude e com a memória do morto”, destacou a promotora de Justiça Adilza de Freitas.