Cidades
MPF recebe grupos culturais atingidos pelo desastre da Braskem em Maceió
Representantes de quadrilhas juninas e grupos de coco de roda relataram conquistas e preocupações quanto à continuidade do apoio cultural
O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas realizou, na quarta-feira (1), reunião com representantes de grupos culturais originários dos bairros atingidos pelo afundamento do solo em Maceió. Estiveram presentes integrantes das quadrilhas juninas Pé de Serra e Pisa na Fulô e dos grupos de coco Reviver, Pau de Arara, Los Coquitos, além do Instituto Ouro Preto. O encontro deu continuidade ao acompanhamento das atividades desses coletivos, que buscam superar as dificuldades para manter as tradições após a realocação das comunidades
Na avaliação dos representantes, os últimos anos marcaram uma retomada significativa para os grupos, com maior visibilidade em concursos e festividades. Betinho, do grupo Reviver e presidente da Liga dos Cocos, destacou a superação das dificuldades vividas em 2024: “Todos os grupos chegaram muito longe [no concurso municipal] e isso foi um legado gigantesco deixado. Foi um ano de dar a volta por cima, mostrando um trabalho de excelência”.
As procuradoras da República Júlia Cadete e Roberta Bomfim participaram da reunião, ressaltando a importância de que as medidas de reparação contemplem a cultura popular de forma efetiva e sustentável. “Conhecer de perto o trabalho desses grupos enriquece a vida profissional e pessoal. É um patrimônio que não se pode perder”, afirmaram.
Além de debater a necessidade de manutenção dos recursos para 2026, por ocasião da reunião foram abordadas as diversas iniciativas de reparação em andamento que envolvem a cultura, como os projetos do Programa de Apoio Socioambiental (PAS) e os editais previstos para este ano pelo Comitê Gestor de Danos Extrapatrimoniais. Também foi mencionada a criação de espaços públicos multifuncionais que possam abrigar ensaios e apresentações para difusão das expressões culturais, além da realização de oficinas para capacitações específicas de interesse dos grupos e atividades culturais permanentes.
As procuradoras destacaram que é essencial consolidar o processo de apoio: “O apoio cultural nasceu da escuta direta da comunidade, que relatou que editais isolados não eram suficientes para manter vivas suas tradições. A informação de que o formato empregado foi bem aceito e foi importante para retomada das atividades e fortalecimento dos grupos é fundamental para direcionamentos futuros visando garantir que a cultura continue sendo uma ferramenta de pertencimento e reconstrução para as vítimas do desastre”.
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