Cidades
Jornalismo e Polícia Civil de Alagoas se despedem de Jaime Feitosa
Aos 69 anos, jornalista e escrivão da Polícia Civil faleceu nesta segunda-feira (04) por causa clínica
Alagoas perdeu, nesta segunda-feira (4), uma de suas figuras mais queridas tanto no meio jornalístico quanto na segurança pública. Faleceu, aos 69 anos, Jaime Feitosa de Araújo Neto, escrivão da Polícia Civil e jornalista respeitado, que atualmente ocupava o cargo de editor de Cidades no jornal Tribuna Independente e integrava a equipe da Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Estado.
Jaime Feitosa faleceu na madrugada da última segunda-feira, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sofrido na noite do último dia 31 de julho. Desde então, ele estava internado, sedado e em coma profundo na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Hapvida. Jaime Feitosa tinha 69 anos. Completaria 70 no próximo dia 17 deste mês.
O corpo do jornalista e escrivão de polícia, Jaime Feitosa de Araújo Neto, será velado a partir das 21 horas desta segunda-feira na Capela 2 da Central de Velórios, no Prado, e sepultado na manhã de terça-feira (5), às 10h30, no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, no mesmo bairro.
Com uma trajetória que uniu duas paixões — a comunicação e o serviço público —, Jaime Feitosa acumulava mais de três décadas de dedicação à Polícia Civil alagoana, além de uma atuação marcante em redações de jornais impressos, onde construiu laços duradouros e uma reputação de seriedade, cordialidade e compromisso com a verdade.
"Jaime Feitosa despede-se dessa vida em grande estilo recebendo calorosas saudações de todos com quem conviveu. E nós aqui da Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas, composta por todos os veículos da Tribuna, lhes rendem as mais altas homenagens pelo comportamento ético, íntegro, honrado, probo, assíduo, respeitoso e produtivo por todos os anos que fez parte do quadro de jornalistas da nossa Cooperativa. A Tribuna e todos os seus veículos perdeu um grande companheiro, um fiel amigo e um competente e respeitado jornalista. Que o Espirito Santo, como defensor e consolador de cada alma vivente, conforte a todos que fazem a Tribuna, aos seus amigos e todos os seus familiares", afirmou o presidente da Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas (Jorgraf), José Paulo Gabriel.
O diretor administrativo-financeiro da Tribuna Independente, Flávio Peixoto, expressou sua tristeza com a perda.
“É um momento muito triste para o jornalismo alagoano. Perdemos um grande companheiro de redação, que tive a oportunidade de conhecer ainda na época em que eu era estudante da Ufal e ele já atuava nas redações. Jaime sempre será lembrado pela simpatia e cordialidade. Manifesto minha solidariedade aos familiares e amigos nesse momento de dor e sofrimento”, declarou.
Colegas de imprensa, policiais, amigos e familiares agora lamentam a partida de um homem que conseguiu transitar com ética e leveza entre o rigor da segurança pública e a sensibilidade das palavras.
Neste momento de luto, resta a gratidão pelo legado deixado por Jaime Feitosa — um profissional íntegro, um amigo leal, e uma figura que fez diferença onde esteve.
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas relembrou sua grande e inesquecível trajetória.
"Filiado ao Sindjornal desde 1982, Jaime era mais do que um profissional respeitado: era uma referência de ética, lealdade e compromisso com a notícia. Com quase 50 anos de carreira, foi dirigente do sindicato, atuou em veículos como Gazeta de Alagoas, Tribuna de Alagoas, TV Alagoas, Jornal de Alagoas e, mais recentemente, como editor de Cidades na Tribuna Independente".
Paralelamente à sua atuação na imprensa, Jaime também dedicou mais de três décadas à Polícia Civil de Alagoas, onde exercia o cargo de escrivão e integrava a equipe de Assessoria de Comunicação da instituição.
"Sua cobertura sobre o assassinato do jornalista Tobias Granja se tornou um marco na imprensa alagoana, assim como suas reportagens sobre esquemas criminosos e prisões de alto impacto. Com faro investigativo aguçado e fontes sólidas nas delegacias, Jaime formou e inspirou gerações de jornalistas, ensinando na prática como fazer jornalismo de rua, com verdade e responsabilidade", destacou o comunicado.
Além da competência profissional, Jaime era reconhecido pelo bom humor, pela simplicidade no trato com colegas e pelo respeito que nutria por todos com quem convivia. "Sua história é também familiar: seu irmão Ednelson Feitosa, já falecido, também foi jornalista, e seu filho, Sidney Tenório, hoje atua como delegado de polícia — mais um elo entre a comunicação e a segurança pública", declarou outro trecho da nota.
O legado de Jaime Feitosa segue vivo em cada redação e em cada delegacia que ele percorreu, sempre com o bloco de anotações na mão, um sorriso no rosto e a coragem de contar a verdade.
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