Cidades
Projeto ambiental da Braskem é criticado
Vítimas da mineração criticam uso de crianças na recuperação dos mangues, como forma de atenuar crimes da mineradora

O projeto de educação ambiental da Braskem, que ensina crianças e adolescentes da comunidade dos Flexais a recuperar o manguezal da Lagoa Mundaú, está sendo criticado duramente por vítimas da mineração.
Em um depoimento comovente, postado no final de semana, nas mídias sociais, a arquiteta Gardênia Nascimento detonou o projeto da mineradora, por usar crianças na recuperação dos mangues, com o objetivo escuso de tentar limpar sua imagem de poluidora e de vilã do afundamento do solo, em Maceió.
“Inacreditável a capacidade da Braskem em usar crianças para um propósito tão maquiavélico”, escreveu Gardência, nas suas redes sociais, no último final de semana. “Eu acredito ser um contra senso cometer um crime ambiental e ensinar a cuidar. Ainda por cima usando as próprias vítimas como meio de manipulação da mídia a seu favor”, acrescentou.
A postagem da arquiteta ganhou centenas de comentários, a grande maioria dando-lhe razão e se solidarizando com ela, como vítima da mineração.
Para uma internauta que comentou a postagem da arquiteta, a Braskem abusa do “cinismo” ao falar de educação ambiental e tentar apagar o crime que cometeu, por meio de “propaganda enganosa” sobre boas práticas e respeito à natureza.
“A mineradora usa os filhos das vítimas da mineração nos Flexais, como se essas pessoas estivessem satisfeitas com o afundamento solo e com o isolamento social a que foram submetidas”, comentou.
“Usar brincantes e grupos de folguedos com atingidos da mineração, para espetacularizar a cultura (e apagar o crime), ou fazer propaganda de plástico verde para tentar apagar o crime, ou construir obras de infra-estrutura urbana nos Flexais, que não é mais do que obrigação e usar isso para tentar aplacar os prejuízos casasdos, realmente é indignante”, acrescentou.
“Precisamos informar as pessoas e combater essas fake news pois somente conhecendo a verdade é que a revolta contra a injustiça virá. Tem que ter revolta para que essa raiva se transforme em ações contra a Braskem”, completou.
Na opinião de alguns intrernautas, o nome dessa crueldade chama-se “impunidade”. Ou seja, nem todas as vítimas foram devidamente indenizadas, principalmente aquelas que residem nas bordas da área de risco, e a Brakem até agora não foi condenada, pelos crimes que cometeu.
A postagem da arquiteta Gardênia, repudiando a política ambiental da mineradora, recebeu também a solidariedade do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB). Para as lideraças dos dois movimentos, a iniciativa da mineradora, tentando encobrir falhas através de “boas ações”, causa revolta.
A arquiteta Gardência, em sua postagem, chama atenção para o uso de jovens da região dos Flexais, nesse projeto de recurperação do mangue, quando a maioria dos moradores do bairro já optaram pela realocação.
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