Cidades
Sucursal aderiu desde projeto inicial
Repórter Davi Salsa, de Arapiraca, conta trajetória de inclusão do interior nas primeiras edições da Tribuna Independente

O repórter da sucursal da Tribuna no Agreste, Davi Salsa, também avalia a fundação da Jorgraf como uma conquista para o jornalismo alagoano, visto que, à época, as mídias independentes eram pouquíssimas no país.
Para ele, chegar aos 18 anos foi uma trajetória de desafios diários. “Manter um jornal impresso não é uma tarefa fácil. Geralmente, um veículo de comunicação é mantido por um grupo empresarial que atua no meio para defender os seus interesses financeiros ou políticos. Essa independência da Tribuna, ao longo desses anos, é a principal virtude e também um constante desafio para todos nós”, diz.
Davi Salsa ingressou na antiga Tribuna de Alagoas em 2023 e estava ainda no quadro da empresa quando da sua derrocada. Ele diz que o início da cooperativa foi marcado pelo receio de que algo desse errado no caminho. “Já conhecia o potencial de grande parte dos jornalistas e gráficos e isso foi fundamental para acreditar no sucesso da nossa cooperativa.”
Toda a trajetória é vista por ele como positiva. “Conseguimos avançar com o nosso parque gráfico, estruturamos o departamento de jornalismo, o setor comercial e a distribuição dos jornais. Criamos um site, uma página no Instagram e a nossa TV Tribuna. O reflexo de tudo isso pode ser mensurado nas dezenas de prêmios locais, regionais e nacionais conquistados ao longo desses anos”, avalia Salsa.
O jornalista diz que ver a primeira edição do jornal nas ruas deu-lhe um misto de satisfação e muita responsabilidade. “Alegria em ver um produto feito por nós circulando em todos os municípios alagoanos e, sobretudo, aqui em Arapiraca e região.”
Sobre a convivência com os colegas de labuta define como algo parecido com a relação entre irmãos. “Era perceptível esse sentimento que contagiava todo o grupo. Cada jornalista, cada gráfico e cada colaborador fazia questão de evidenciar esse propósito comum de fazer um jornal verdadeiramente independente e mostrar à sociedade que isso era possível.”
A perspectiva de futuro do jornalista aponta para a necessidade de inovação. “A comunicação muda a todo momento. A tecnologia avançou muito rápido nesses anos. Isso ajuda e também representa outra desafio imenso para todos nós. Então, precisamos acompanhar as transformações digitais, mas sem perder de vista o nosso propósito inicial de produzir conteúdo jornalístico com ética, responsabilidade e, acima de tudo, levar as notícias a todas as regiões de Alagoas com a credibilidade que os nossos leitores esperam.”
Milton César:” uma saída para a sobrevivência de pais de família
Já o profissional gráfico Milton César de Sousa lembra da fundação da cooperativa como uma saída brilhante do caos instalada entre os profissionais que se viam sem rumo após a derrocada do grupo político que comandava a Tribuna de Alagoas.
“Uma saída brilhante de pessoas realmente preocupadas com a sobrevivência de muitos pais de família que passariam por dificuldades”, diz Sousa.
Chegar ao 18 anos e olhar para trás, dá a ele uma sensação de vitória. “Baseado no que presenciei, avalio vitoriosa nossa trajetória. A condução de algumas pessoas, como Gabriel, Toinho e depois Flávio, Alexandre, Marilene e Ricardo, ver companheiros cooperados, alguns deles premiados local e nacionalmente, muito nos orgulha.”
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