Cidades
Esperança e luta de uma classe que buscou algo inovador
Jornalista Ana Márcia lembra que viveu momentos de intensas emoções durante o processo de mudança

A editora de Economia do jornal Tribuna, jornalista Ana Márcia, lembra que viveu momentos de intensas emoções durante o processo de fundação da Jorgraf. A luta das classes envolvidas, entre elas jornalistas, gráficos, sindicatos, colunistas históricos do jornal, políticos parceiros e outros representantes da sociedade civil organizada, fez aquele impresso reviver.
“O movimento pelo renascimento do jornal foi às ruas, houve acampamentos no ex-prédio da empresa, e, finalmente o jornal saiu, com festa e bênçãos. Para mim, foi gratificante e histórico participar do primeiro jornal impresso diário, feito por meio de uma cooperativa de trabalhadores, creio que um modelo único no Brasil e no mundo. Houve e há momentos de dificuldades, mas que se superam com trabalho e empenho”, avalia Ana Márcia.
A jornalista diz que sempre teve esperança de que o projeto daria certo.
“Tinha, sobretudo, esperança no trabalho e na luta diária dos colegas e das lideranças envolvidas. Cada edição era uma vitória conquistada e a Tribuna Independente se consolidou no mercado.”
Ana Márcia sentiu orgulho de ter participado do feito, mesmo que, nas primeiras edições, não tivesse recebido nenhum tipo de remuneração. “Foi uma realização e uma felicidade de poder ver preservados os empregos de tantas pessoas.”
Sobre a convivência com os companheiros nesse período, ela destaca que sempre prezou pela harmonia e a boa convivência. “Sempre fui muito mais de atuar restrita a minha área, sem me envolver com decisões, eleições ou escolhas”.
Com a maioridade da conquista, ela espera que a cooperativa possa se expandir. “Espero que possamos crescer no mercado para continuar a contar a história, fatos e acontecimentos sejam de Alagoas, do Brasil e do mundo com competência e credibilidade.”
“NÃO ESQUEÇO”
Outro fundador da Jorgraf, o gráfico Valmir Mariz de Oliveira diz que percebeu que o projeto Jorgraf ia dar certo quando todos, gráficos e jornalistas, se uniram para ganhar o mesmo valor.
“No começo foi assim, todo mundo ganhando igual o presidente, o Toinho. Ele dizia assim: ‘só não dá certo se a gente brigar entre a gente’. Nunca esqueci isso. Então a gente se uniu. Foi bacana de ver, com muita fé, muita luta, a primeira edição. Eu fui um dos que foi vender jornal na rua.
Ele lembra que foi uma conquista histórica de muita emoção. “A gente passava naquele momento por muita necessidade, mas sentiu que ia dar certo essa jornada. E deu. Até hoje a convivência com os colegas é muito boa”.
Sobre o futuro, ele avalia que para haver um passo maior para as conquista é necessário dar espaço a novas ideias. “E há muitas ideias bacanas, muitos jovens em nossa cooperativa com ideias maravilhosas para um crescimento, e o crescimento é de todo mundo.”
Diante de todas as dificuldades enfrentadas até aqui, Oliveira diz que a maioridade da Jorgraf e do jornal Tribuna Independente tem que ser comemorada com entusiasmo. “Vamos comemorar com muita fé em Deus e alegria, porque passamos por tudo com grandes dificuldades e permanecemos unidos. Vamos comemorar sim.”
Mais lidas
-
1Desfecho inesperado
Valéria fica com quem no final de 'As Filhas da Senhora Garcia'?
-
2Por 30 minutos
Gêmeos de 1 ano se afogam na Barra de São Miguel
-
3Obsessão doentia
O que acontece no final da série do Globoplay 'Dias Perfeitos'?
-
4Excesso
Comer sementes de maçã pode levar à morte?
-
5O 'contrabando do bem'
A história real da série Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente