Os moradores do Prado estão pedindo socorro aos órgãos competentes para resolver o problema das inundações nas ruas da região. São pelo menos quatro ruas consideradas pela população como áreas críticas de alagamentos ao menor sinal de chuvas. São as ruas Rodrigues Alves, Desembargador Inocêncio Lins, Manaus e 21 de abril.

A população reconhece que o problema é antigo, há pelo menos 50 anos, no entanto, alega que a situação só está “piorando” justamente devido à falta de infraestrutura e de ações de reparo.

A dona de casa Aparecida dos Santos Melo mora na Rua Rodrigues Alves há mais de cinco décadas e diz sofrer com os alagamentos ao longo de todos esses anos.

“Sempre perco meus móveis e eletrodomésticos. Tudo estragado pela água da chuva que invade a minha residência. Ano a ano, minha família me ajuda fazendo vaquinha para eu adquirir outros moveis, eletrodomésticos e utensílios de casa. Meu orçamento anual automaticamente já consta novas compras. Nenhum órgão público se responsabiliza pelas minhas perdas”, reclamou.

Moradora da Rua Desembargador Inocêncio Lins, Rosa Maria do Nascimento, também fez as mesmas lamentações. Ela contou que os moradores precisam de soluções práticas e eficazes e não quebradeira na rua e os bueiros continuarem sujos. Nos últimos anos, o problema vem se agravando”, comentou.

Segundo ela, devido à construção de uma unidade de uma rede de supermercado, localizado na Avenida Siqueira Campos. “Por ser mais alto, joga água para as ruas mais baixas e que estão próximas”, alegou.

Gisele de Melo Monteiro, também mora na Rua Rodrigues Alves. Ela se define como uma sofredora por morar na região. também é uma sofredora. Conforme suas reclamações, a prefeitura de Maceió fez uma obra de drenagem na Rua 21 de Abril, onde foram trocadas algumas tubulações. “O problema foi resolvido em parte. O caos continuou nas demais ruas, em especial na que eu moro”, esbravejou.

As moradoras Elizabete Rocha Ferreira e Sheysa Rosana Carvalho da Costa se juntaram ao grupo para engrossar as reclamações. Juntas, elas apelam para que a prefeitura olhe pelo local e resolva o problema.

Segundo explicaram, o sofrimento maior ocorre no período chuvoso, que ainda está por vir.

No inverno, acrescentaram, as casas são invadidas pelas águas das chuvas, e apesar das muitas reclamações, nenhuma providência mais efetiva foi adotada.

Alagamentos estão piorando ao longo dos anos, garante moradora

A moradora Ana Passos, que reside na Rua Rodrigues Alves, acrescentou que, visivelmente, a situação dos alagamentos está piorando ano após ano. “Há décadas sofremos com esses alagamentos, essas enchentes, mas nesse ano foi pior do que os anteriores. Estamos perdendo tudo. Qualquer chuvinha que invade a rua, alaga as casas. Pedimos encarecidamente às autoridades que tomem uma providência o mais rápido possível. Ninguém toma uma providência!”, reclamou.

Ela disse ainda que tem uma mãe idosa, com problemas de saúde e que todo ano, a partir de abril, maio até acabar o inverno ninguém consegue dormir nas suas casas. “Precisamos ter uma vida mais tranquila, ninguém aguenta mais. Minha casa está cheia de objetos que não prestam mais que a chuva estragou. São perdas constantes e irreparáveis”, frisou.

Moradores estão com a geladeira em cima de cadeiras em uma tentativa de minimizar as perdas. Quando chove, a água da chuva chega a bater nas coxas dos moradores.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) esclarece que, em razão da proximidade com a Lagoa Mundaú, a região sofre influência direta do seu aumento de nível durante o período chuvoso, fazendo com que as tubulações de drenagem fiquem sobrecarregadas, além da grande quantidade de lixo descartada irregularmente dentro da rede. A Seminfra informa, ainda, que a região recebeu recentemente serviços de manutenção de drenagem, com a ampliação das bocas de lobo e a troca de tubulações. Em razão da complexidade da problemática, a Seminfra estuda uma solução de engenharia que atenda a região.

Galeria de fotos