Cidades
''Bastante indignação'', diz filha e vítima de ex-promotor acusado de crimes sexuais após Justiça conceder pena em regime semiaberto
ex-promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, que foi condenado a 76 anos e 5 meses de prisão após estupros de duas filhas e uma enteada

A empresária Luana Rodrigues foi à Casa da Mulher Alagoana Nise da Silveira, espaço do Tribunal de Justiça de Alagoas de atendimento a mulheres vítimas de violência pedir apoio logo após saber da decisão que liberou o ex-promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, que foi condenado a 76 anos e 5 meses de prisão por crimes sexuais contra duas filhas e uma enteada. Luana que é filha e uma das vítimas está revoltada com a decisão dele cumprir a pena em regime semiaberto.
O Portal de notícia TNH1 anunciou nessa quinta-feira (29) em primeira mão, que no último dia 7 de março a Justiça de Alagoas havia decidido que o ex-promotor poderia cumprir a pena em regime semiaberto, mas sem local para isso, ele passou a cumprir prisão domiciliar.
A filha e vítima do ex-promotor ainda está surpresa e revoltada com a decisão e apela que o judiciário reavalie a decisão. Ela afirma que essa flexibilidade dada a ele é um risco para sociedade. "Agora ele está confortável, o que garante a nossa sociedade, a nós, que ele não está tendo acesso à internet. Eu digo internet porque na internet a gente não sabe o que ele fez lá. Ele tinha no computador da promotoria onde trabalhava muitos arquivos que imprimiram ele, que mostrou a hediondez do que ele praticava", diz referindo-se a milhares de conteúdos de pornografia encontrados no computador do ex-promotor.
Além dos supostos estupros, Carlos Fernando tinha em seu poder imagens de pornografia e pedofilia. O caso veio à tona em 2006.
Luana teme por sua integridade física, além de outras vítimas que já informaram que vão pedir apoio ao Ministério Público de Alagoas (MP/AL), diante da redução de pena, que elas consideram muito rápida diante da gravidade dos crimes cometidos por ele.
a empresária solicitava uma medida protetiva, mas como a prisão domiciliar não permite ao apenado sair de casa, não foi necessária.
A empresária é filha mais velha do ex-promotor e foi abusada dos 11 aos 23 anos pelo pai. Ela fala com tristeza e revolta como recebeu a notícia da prisão domiciliar.
"Olha, bastante indignação, vou ser muito honesta. Eu achei lamentável uma decisão que privilegiou, vou dizer que foi isso, que beneficiou uma pessoa com uma condenação extensa de 76 anos para cumprir e passar somente 12 anos presa. Eu posso falar enquanto denunciante, que fui vítima também, mas posso falar como sociedade, não me sinto confortável nem posso celebrar uma decisão dessa", lamenta.
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