Cidades
Construção do Plano de Manejo da APA do Pratagy avança com oficina participativa

O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) promoveu, nessa quarta (7) e quinta-feira (8), uma oficina participativa para avançar na elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratagy. A atividade contou com a presença de membros da sociedade civil e do Conselho Gestor da unidade, promovendo um espaço democrático de escuta e construção coletiva.
A APA do Pratagy foi criada em 1998, mas ainda não possuía o Plano de Manejo — o principal instrumento legal que estabelece normas, diretrizes e o zoneamento necessários para a conservação e o uso sustentável da unidade. A construção do plano representa um marco para a gestão ambiental em Alagoas, como destacou o diretor-presidente do IMA, Gustavo Lopes.
“Estamos construindo um instrumento essencial para garantir o equilíbrio entre o desenvolvimento sustentável e a preservação da biodiversidade. O envolvimento da comunidade e das instituições é o que dá legitimidade a esse processo”, afirmou.
Coordenando as Unidades de Conservação do estado, o gerente do setor no IMA, Alex Nazário, reforçou a importância da participação social nesse tipo de construção. Segundo ele, a gestão da APA não deve se limitar à administração técnica, mas precisa ser compartilhada com os diversos atores do território.
“O Plano de Manejo é mais do que um instrumento técnico. Ele depende da articulação com a sociedade civil, os municípios do entorno e o poder público”, ressaltou.
César Andrade, gestor da APA do Pratagy, destacou que a oficina é fundamental para consolidar o Plano de Manejo da unidade. Segundo ele, o documento vai estabelecer normas, diretrizes e o zoneamento da área, definindo usos permitidos e restrições necessárias para proteger regiões mais sensíveis e garantir a conservação da biodiversidade.
Representando o Conselho Gestor da APA, a bióloga da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Valdenira Chagas, falou sobre o papel da sociedade civil no processo. Para ela, o sucesso da gestão da unidade passa pelo fortalecimento da participação comunitária.
“Nosso papel, como conselho e sociedade, é buscar caminhos para envolver a comunidade e garantir que o poder público cumpra seu papel”, afirmou. Ela acrescentou que a educação ambiental é uma ferramenta estratégica, pois “permeia todas as ações de conservação e fortalece o vínculo da população com o território protegido”.
Já o presidente do Instituto Biota de Conservação, Bruno Stefanis, destacou que a contribuição das comunidades locais é essencial para que o plano seja efetivo e legítimo. “A participação popular é fundamental. Moradores e trabalhadores da região conhecem a realidade local. Precisamos de um plano de manejo plural, que considere os interesses da população e a proteção ambiental”, defendeu.
A oficina marcou uma etapa importante, mas o processo de construção do Plano de Manejo da APA do Pratagy continua. A reunião teve como objetivo reunir contribuições e saberes dos participantes, que servirão de subsídio para a elaboração do documento.
A partir dessas informações, a equipe técnica do IMA irá compilar os dados e promover novas reuniões, garantindo que o plano reflita os objetivos de criação da unidade e atenda às necessidades de conservação de uma área estratégica, que abastece parte da Região Metropolitana de Maceió.
Sobre a APA do Pratagy
Criada pelo Decreto Estadual nº 37.589, de 5 de junho de 1998, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratagy ocupa uma vasta área de 21.417,51 hectares, abrangendo os municípios de Maceió, Rio Largo e Messias, na bacia hidrográfica do rio Pratagy.
O principal objetivo da criação é equilibrar as atividades humanas com a preservação dos ecossistemas locais, garantindo a oferta de água de qualidade e em quantidade suficiente para o abastecimento da população.
A APA tem como prioridades a conservação ambiental da bacia, o manejo integrado dos recursos naturais e a recuperação de áreas degradadas. Além disso, visa assegurar a manutenção da bacia como manancial de abastecimento de água potável, seguindo as diretrizes das políticas ambientais federais e estaduais.
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