Cidades

Abril Azul: um olhar coletivo para abraçar a diversidade

Por Assessoria 24/04/2025 16h12
Abril Azul: um olhar coletivo para abraçar a diversidade
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas tem autismo no mundo todo, e uma em cada 160 crianças no mundo apresenta o Transtorno do Espectro Autista - Foto: Reprodução

Durante o mês de abril, o mundo se mobiliza com a campanha Abril Azul, voltada à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Neste contexto, a escola se torna um importante pilar no desenvolvimento de crianças e adolescentes que estão no espectro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas tem autismo no mundo todo, e uma em cada 160 crianças no mundo apresenta o Transtorno do Espectro Autista.

Muitas escolas apostam em centros de desenvolvimento e salas de recursos multifuncionais para que atendam à necessidade dos alunos com TEA, além de profissionais especializados para que possam acompanhar e incentivar esses estudantes.

A inclusão escolar de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um passo crucial rumo a uma sociedade que respeita a diversidade, acolhe e aprende a lidar com as diferenças. Cada criança, independentemente de suas habilidades ou desafios, tem o direito fundamental à educação de qualidade em um ambiente que promova o seu pleno desenvolvimento.

Esse tipo de ação busca beneficiar todas as crianças, independente de terem TEA ou não, pois objetiva enriquecer o ambiente educacional para todos os alunos. Ao proporcionar oportunidades para interações significativas e o aprendizado conjunto, as escolas promovem uma cultura de respeito à diversidade e à individualidade e fortalece a educação, mas também constrói uma sociedade mais justa e compassiva para todos.

Para garantir a inclusão dos alunos com autismo, é fundamental que as Instituições de Ensino estejam aptas a planejar e desenvolver atividades que atendam às necessidades de todos os estudantes. Na prática, isso exige adaptações curriculares personalizadas, respeitando os ritmos e as habilidades de cada estudante. O PEI (Plano de Ensino Individualizado) deve ser realizado pela escola para cada aluno da inclusão, com o auxílio necessário da equipe multidisciplinar que acompanha o caso. O PEI é um instrumento de planejamento e acompanhamento do processo de aprendizado e desenvolvimento do aluno com TEA.

E para além da construção de políticas e planejamentos pedagógicos que abrangem as individualidades de cada indivíduo, precisamos refletir sobre nossas atitudes e posturas diante da convivência com o diferente, ter cuidado com falas capacitistas, olhares que excluem ou duvidam das potencialidades que um indivíduo que possui algum tipo de limitação, seja essa física, emocional, relacional. E construir, a partir do ambiente da escola, relações que acolham e aprendam a lidar com as mais diversas formas de ser e estar no mundo. E para isso, é essencial o engajamento de todos os envolvidos: gestores, professores, familiares e membros da comunidade. A inclusão começa com informação, empatia e ação. E a escola pode e deve ser o primeiro grande passo nessa jornada.