Cidades

Pescadores e donos de embarcações fecham saída do Porto de Maceió

Grupo denuncia que mesmo usando técnicas de pesca permitidas, mercadorias e barcos estão sendo apreendidos

Por Tribuna Hoje 24/04/2025 11h36 - Atualizado em 24/04/2025 11h56
Pescadores e donos de embarcações fecham saída do Porto de Maceió
Manifestantes atearam fogo em objetos velhos para fechar acesso e saída do porto de Maceió - Foto: Cortesia ao TNH1

Proprietários de embarcações e pescadores estão realizando nesta quinta-feira (24), uma manifestação na entrada do Porto de Maceió. O protesto é contra apreensões realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os profissionais denunciam que mesmo usando técnicas permitidas, com a pesca de linha em alto-mar, os agentes continuam recolhendo barcos e mercadorias.

Os pescadores atearam fogo em pneus velhos, madeiras e galhos para fechar o acesso ao local. Vale lembrar que o protesto acontece no dia que atraca o último cruzeiro da temporada 2024/2025. A embarcação vem da Europa com vários turistas.

Conforme os manifestantes, pelo menos cinco embarcações já foram apreendidas nas últimas semanas. Ainda de acordo com eles, a ação aconteceu mesmo após as tentativas dos pescadores de se adequar à proibição da pesca de arrasto, vigente neste período.

Os pescadores também informaram que o Ibama vem solicitando licenças de pescas que não foram dadas aos profissionais. E isso, mesmo após ter ocorrido uma reunião entre os órgãos e os trabalhadores.

De acordo com Maria Vitória, uma das representantes dos donos de embarcações, o grupo solicita informações e desejam resolver o caso.

“Foi realizada uma reunião para que a licença fosse nos dada, mas não deram. Sou dona de barco e estou sendo prejudicada. Abastecemos o nosso barco, não é barato, e eles ainda vem e apreendem as mercadorias. Estamos buscando uma satisfação’’, questiona Maria Vitória.

Além disso, os pescadores afirmam que quando é solicitado, eles mostram a licença, mas os fiscais dizem que não é a certa e apreendem as mercadorias. O argumento, de acordo com os pescadores é de que a pesca de arrasto está proibida por questões ambientais, e por isso, justificaria as ações de fiscalização.

Por outro lado, os pescadores afirmam que já se adequaram e mudaram a prática para a pesca de linha, que é menos impactante, e ainda assim estão enfrentando punições.

Segundo os fiscais do Ibama, as apreensões estão acontecendo porque existem pescadores atuando em alto-mar e estes não teriam licença.

O Porto de Maceió enviou um representante para conversar com o grupo e liberarem a saída, mas os manifestantes cobram um diálogo e uma solução para o problema junto aos órgãos competentes.

A Polícia Federal (PF) também foi acionada.