Cidades
Policiais civis salvam vida de criança em Maceió
Com convulsões e febre alta, menino recebeu primeiros socorros dos próprios agentes, que o levaram para um hospital

A recente história do pequeno João Pedro Acioly Calheiros, de 3 anos, bem que poderia ilustrar as revistas em quadrinhos especializadas em enredos de aventura, com muita adrenalina e final feliz. O menino foi salvo, de um episódio em que corria risco de morte, por agentes do Tático Integrado de Grupos de Resgate Especial (Tigre), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). O garoto estava tendo uma crise convulsiva e foi salvo pelos policiais heróis. Super heróis que não usam capa.
A vida de João Pedro esteve nas mãos de Guilherme Ghell, policial com treinamento em Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH). Ao socorrer o garoto, já quase inconsciente, ele garantiu a estabilização até a chegada do menino ao hospital.
A recuperação foi longa e gradativa. João Pedro passou oito dias internado, um deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com suspeita de meningite bacteriana. O fato aconteceu em dezembro do ano passado, em Maceió.
O reencontro com os policiais foi especial. Embora ainda muito pequeno para entender a gravidade do ocorrido, João Pedro já tem muita aventura para contar e virou uma espécie de mascote para os quatro policiais do Tigre que estavam em operação naquele dia 21 de dezembro do ano passado.
O Natal da família foi no hospital, de olho no prognóstico do pequeno. Passados alguns meses, o casal de advogados Amanda Calheiros e Yury Montevuma sente um misto de alegria e alívio ao ver o pequeno brincando e levando a vida normalmente.
“Sou cabra macho”, disse o garotinho que sonha em ser fazendeiro e passa horas se dividindo entre as aulas do Maternal II e as brincadeiras com bonecos que representam animais de fazenda.
Amanda Calheiros recordou que ela e o esposo voltavam de uma confraternização natalina em família, quando tudo aconteceu.
“Voltamos até mais cedo, porque João Pedro estava muito molinho, com febre. Nós já havíamos medicado ele. A febre cedeu, mas imediatamente após o efeito do medicamento, a temperatura voltou a subir e a febre ficou ainda mais forte. Passava dos 40°C. Até que meu filho convulsionou nos meus braços, dentro do carro. Estávamos a caminho do hospital. Meu esposo dirigindo e eu gritando. Ele sem entender nada, queria parar o veículo. Eu desesperada só queria chegar ao hospital”, recordou a mãe, ainda bastante emocionada. Eles estavam na Avenida Doutor Passos Miranda, em Bebedouro.
Até que o casal lembrou que uma viatura tinha passado por eles. Yury Montevuma acelerou, deu sinal de luz e ficou buzinando insistentemente até conseguir chamar a atenção dos policiais. Ao perceberem que havia algo errado com o veículo, e com o instinto policial aguçado, a equipe pensou, de imediato, que poderia se tratar de um caso de violência doméstica, assalto, sequestro relâmpago ou algo do tipo.
Em questão de segundos, recordou o policial Iata Anderson Souza, foi possível perceber que se tratava de uma mãe, uma família pedindo socorro médico. Era a hora de largar as armas e agir para salvar a vida do garoto.
Ali mesmo, no asfalto, em mais uma ação de humanização dos policiais do Tigre, foram iniciados os primeiros socorros. Um dos agentes do Tigre, Guilherme Gheller, imobilizou a criança em crise, mantendo-a de lado, protegendo a cabeça e o tronco, e aguardando a cessação da convulsão.

Menino conseguiu se recuperar após socorro
Após os primeiros socorros, a criança foi colocada na viatura e levada pela guarnição para uma unidade de saúde.
A mãe Amanda Calheiros recorda que se surpreendeu com a agilidade dos agentes ao prestarem socorro. “Eles pareciam gaviões, protegendo meu filho. Eu estava muito nervosa e, mesmo enquanto salvavam a vida dele, os agentes tentavam me acalmar”, relatou.
Família e agentes do Tigre já se encontraram depois da alta hospitalar. Ontem aconteceu mais um encontro. O jornal Tribuna Independente presenciou o momento emocionante. João Pedro é neto do repórter fotográfico Adailson Calheiros, um dos mais experientes profissionais da Tribuna.
Já recuperada, mas sem esquecer o dia em que seu filho nasceu de novo, Amanda Calheiros fez questão de agradecer, mais uma vez, aos agentes do Tigre. “Devo a eles a vida do meu filho. Graças a Deus, deu tudo certo. Eles estavam no lugar certo, na hora certa e com muita calma e precisão fizeram as manobras que garantiram a vida do meu filho”.
Para o policial Guilherme Gheller, restou a sensação de dever cumprido, de ter ajudado a salvar mais uma vida mesmo que em uma operação um tanto quanto diferente da rotineira. “O treinamento que recebemos no curso de formação foi de extrema importância para nortear minhas ações”, afirmou ao destacar o preparo técnico do instrutor João Paulo Pimentel. Os policiais do Tigre ganharam um grande admirador, João Pedro brincou com os quatro, alheio à gravidade do que passou antes de ter sido socorrido. Os policiais civis, durante o período em que frequentam o Curso de Formação, passam por diversos treinamentos, entre eles os de primeiro socorros.
Além disso, têm também treinamento de disciplinas específicas para a atuação nas investigações policiais e no combate à criminalidade.
No caso do menino João Pedro, foi fundamental o conhecimento que os policiais da Coordenadoria Core, pertencente à Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), adquiriram durante os cursos de formação.
A ação dos policiais foi elogiada por toda a família do menino.
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