A cidade de Piranhas, localizada às margens do Rio São Francisco, registrou a maior temperatura do Brasil na segunda-feira (17). De acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros da cidade alagoana bateram 38,6 °C.

O município de Pão de Açúcar, localizada no Sertão de Alagoas, também aparece entre as cinco mais quentes do país na segunda-feira. A máxima registrada na cidade na tarde de quarta-feira (19) foi de 38,3 °C.

Mas, não adianta reclamar do calor ou da elevada sensação térmica que está tomando conta de Maceió e do estado como um todo. Isto porque, de acordo com a Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh), não há, até o momento, previsão de ondas de calor afetando o estado.

A meteorologista da Semarh, Fernanda Liz, diz que as temperaturas registradas este mês seguem o esperado para o período. “Mesmo as maiores temperaturas, registradas no Sertão e Sertão do São Francisco, com máximas podendo chegar a 38 °C e no Litoral as temperaturas máximas podendo chegar a 31 °C estão dentro da média da série histórica para o mês de fevereiro”, explicou.

A Semarh assegurou que em Maceió não há calor fora do padrão considerado normal. “As temperaturas em Maceió se encontram dentro da normal climatológica esperada para o mês”, resumiu.

Segundo a Semarh, as temperaturas máximas observadas nos últimos dias em Pão de Açúcar variaram de 34,5 °C a 36,6 °C. Em Piranhas, os termômetros mostraram no mínimo 35,6 °C e no máximo 35,9 °C.

Na capital Maceió, citou Fernanda Liz, a temperatura mínima foi de 31,5° C e a máxima de 32°C. Em Palmeira dos Índios, a temperatura oscilou entre 31,6 °C e 33,7 °C. Em Coruripe, a mínima registrada foi 30,6 °C e a máxima atingiu 31,8º C.
A meteorologista lembrou que os municípios mais quentes estão localizados no Sertão do São Francisco.

Cuidados

Crianças são as que mais sofrem com temperaturas altas

Entre a população que precisa adotar medidas para se proteger do excesso de temperatura, as crianças são as mais vulneráveis. É o grupo que mais pode sofrer as consequências do calor, por causa da desidratação e das diversas viroses.

Por recomendação médica, as crianças devem vestir roupas leves, estarem em ambientes sempre ventilados e, principalmente, não devem ser expostas ao sol diretamente sem nenhuma proteção na pele. As dicas são do pediatra Marcos Gonçalves.

“Em épocas de calor, de altas temperaturas como as quais estamos enfrentando, aumentam também consideravelmente os casos de desidratação nas crianças, assim como a quantidade de casos de viroses intestinais, causadas por vírus como adenovírus, rotavírus, enterovírus. Entre os principais sintomas diarreias e vômitos”, ensinou o médico pediatra.

Segundo Marcos Gonçalves, a atenção às crianças deve ser redobrada porque essa parcela da população tem uma capacidade muito grande de perder líquido em comparação aos adultos. A criança tem uma proporção maior de líquido em comparação com o resto do corpo do que o adulto.

Em relação à ventilação do ambiente em que a criança se encontra tanto pode ser com ventilador quanto com condicionador de ar. O ideal, ensina médico pediatra, é que o vento não esteja direcionado ao menor, em especial, aos bebês. “A ventilação precisa alcançar o ambiente como um todo”, frisou.

A hidratação precisa ser abundante durante o dia, principalmente com água e pode ser complementada com chás e sucos naturais. Sem refrigerante ou sucos artificiais. A água deve ser ofertada várias vezes ao dia”, salientou.

Ainda conforme Marcos Gonçalves, ao entrar no veículo, por exemplo, antes de ligar o condicionador de ar, é aconselhável abrir as janelas do carro e aguardar um tempo antes de ligar a refrigeração.