Cidades
Clima é tema da Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente
Evento reúne ambientalistas em busca de soluções para combater aquecimento

O ano de 2024 foi o mais quente da história e o primeiro a exceder 1,5°C de aquecimento acima do nível pré-industrial. As temperaturas recordes e as condições propícias ao aumento do estresse por calor marcaram, de forma preocupante, o ano passado. Os dados são do mais recente relatório da agência Copernicus, que alerta para a situação crítica do planeta.
Em 2024, a temperatura média global foi de 15,10 °C. Isso é 0,12 °C acima de 2023 e configura um recorde histórico entre as medições já feitas. Embora isso não signifique que o limite estabelecido pelo Acordo de Paris tenha sido ultrapassado, a informação destaca que as temperaturas globais estão além de tudo o que os humanos modernos já experimentaram até hoje.
Por esta e outras constatações, nunca o mundo falou tanto em emergência climática como nos dias atuais. O assunto, como não poderia deixar de ser, é também motivo de preocupação em Alagoas e na capital.
Com o objetivo de debater soluções e estratégias para enfrentar a crise climática e promover a transição para um modelo sustentável de desenvolvimento, aconteceu, ontem, em Maceió a 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente. Em quatro salas lotadas, autoridades no assunto e sociedade civil organizada debateram sobre o futuro, e não menos importante, o presente climático.
A iniciativa faz parte da fase municipal da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), organizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Promovida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), o evento teve como tema a “Emergência Climática e o Desafio da Transformação Ecológica”. A iniciativa contou com a participação de municípios da região metropolitana da capital alagoana.
Crise climática
Secretário diz que planeta ficará inabitável se não for feito nada
Conforme o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Maceió, Cantídio Mundim, as discussões são fundamentais para tratar da questão climática.
“Precisamos agir e com urgência. Estudos mostram que se nada for feito em prol do equilíbrio ambiental, o planeta estará inabitável daqui a 50 anos”, alertou.
De acordo com Cantidio Mundim, a conferência é uma importante oportunidade para reunir a sociedade civil, gestores públicos e especialistas em um debate essencial.
“Estamos em um momento crucial para definir ações concretas contra a crise climática, e a conferência será o espaço para elaborar propostas que representem os anseios da nossa população”, afirmou.
Marçal Fortes destacou que o desequilíbrio climático está ao alcance dos olhos de qualquer pessoa, basta observar o calor insuportável, as inundações cada vez mais devastadoras, a crescente desertificação.
Para Alder Flores, o homem tem papel preponderante na maioria das tragédias tidas como tragédias naturais. É significativamente importante tratar de políticas ambientais no mundo em geral. Essa temática passa também por Alagoas”, afirmou.
O superintendente do Ibama em Alagoas, Rivaldo Couto dos Santos, salientou os esforços e o empenho do governo federal em atender às demandas que chegam ao Ibama.
O presidente da União dos Produtores de Própolis Vermelha de Alagoas (Uniprópolis), Mário Agra, explicou como a cadeia ambiental precisa de equilíbrio e que esse equilíbrio precisa ser reconquistado pelo ser humano.
“As abelhas, por exemplo, são responsáveis por 70% da polinização, processo de transferência de pólen de uma flor para outra, permitindo a reprodução e a produção de frutos e sementes. As abelhas são os principais polinizadores de plantas cultivadas e silvestres. O trabalho das abelhas é de fundamental importância para o equilibro ambiental. Com desmatamentos e mudanças climáticas, as abelhas somem”, ensinou.
Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Gino César, “as Conferências Municipais e Intermunicipais são momentos decisivos para a construção de um futuro mais sustentável. Elas oferecem uma oportunidade única para que cada município alagoano traga suas especificidades à mesa, garantindo que as políticas públicas de preservação ambiental reflitam verdadeiramente as necessidades de nossa população”.
Ele citou que a luta contra o desastre causado pela Braskem não pode parar e falou também sobre a luta para que a área do Porto de Maceió não receba o armazenamento de ácido sulfúrico.
PRESENTES
Estiveram presentes o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Maceió, Cantídio Mundim, o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Gino César, o superintendente do Ibama em Alagoas, Rivaldo Couto dos Santos, o presidente do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), Marçal Fortes, o presidente do Conama em Alagoas, ambientalista Alder Flores e a procuradora da República, Juliana Câmara, do Núcleo de Meio Ambiente do Ministério Público Federal em Alagoas.
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