Cidades
Dissipador de energia é a única solução para conter o avanço do mar na praia do Francês
Em Alagoas, as praias urbanizadas estão perdendo a sua faixa de areia com o avanço do mar, já que a areia, que serve para proteger a costa e os ecossistemas costeiros das ondas e inundações, é tão importante quanto às áreas de restinga. Em Maceió, pelo menos 5 praias estão sofrendo com destruição costeira, bem como algumas praias do Litoral Norte, Marceneiro, no Passo de Camaragibe; a foz do rio Tatuamunha, em Porto de Pedras e na região do rio dos Paus, na divisa de Maragogi e São José da Coroa Grande. No litoral Sul, a praia do Pontal do Peba, é aquela com o maior risco de destruição.
Mas é a paradisíaca praia do Francês, em Marechal Deodoro, uma das mais belas e badaladas do Brasil, com uma invejável rede de serviços, com hotéis e pousadas, restaurantes e bar de praia premiados, sendo um excelente equipamento de lazer para a população local e para o turismo na região metropolitana de Maceió que vem chamando a atenção de autoridades locais e de ambientalistas.
Na verdade, todo o litoral alagoano está com processo erosivo sendo instalado, e a praia do Francês não é exceção. Há mais de 15 anos, as grandes ressacas do mar, sobretudo no inverno, vêm atingindo longos trechos de praia, destruindo algumas barracas e equipamentos de lazer.
Para o engenheiro Marco Lyra, o maior especialista em proteção costeira e recuperação de praia em Alagoas, a solução para proteção costeira na praia do Francês é o uso da estrutura do Dissipador de Energia Sandbag, que vem sendo utilizada em Alagoas de forma pioneira a nível internacional, com uso de uma estrutura de geotêxtil, preenchida com a própria areia da praia.
A estrutura que fica enterrada, além de conter o processo erosivo, recupera também o perfil da praia, isto é, ocorre a deposição natural do sedimento na praia, e com o tempo a berma é formada, devolvendo a população a praia natural recreativa.
Segundo ele, ``Em Alagoas, temos vários exemplos com o uso de Sandbag, nas praias de Barra de São Miguel, Maceió, Passo de Camaragibe, Porto de Pedras, Japaratinga e Maragogi. É preciso adaptação das cidades costeiras as mudanças que estão ocorrendo no clima de ondas. É preciso preservar o nosso ecossistema e ao mesmo tempo, garantir a viabilidade da economia do mar, já que ela é muito forte, vai desde o ambulante, ao hoteleiro. É importante garantir o crescimento econômico da nossa região e Alagoas tem um potencial turístico exuberante´´, finaliza Marco Lyra.
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