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Caso Kleber Malaquias: a pedido do MP/AL, policial civil envolvido no crime é transferido para presídio federal

Por Ascom MP/AL 28/10/2024 11h23 - Atualizado em 28/10/2024 16h17
Caso Kleber Malaquias: a pedido do MP/AL, policial civil envolvido no crime é transferido para presídio federal
Ministério Público Estadual - Foto: MPAL

Por precaução e com o intuito de neutralizar a influência constatada do policial civil Eudson Oliveira de Matos, acusado de envolvimento no assassinato do ativista político Kleber Malaquias, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) por meio dos promotores de Justiça que atuam no caso e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) formulou o pedido emergencial de inclusão do preso em presídio federal, o que foi deferido pelo Juizo da 3ª Vara de Rio Largo. Decisão similar foi adotada pela Diretoria do Sistema Prisional Federal que entendeu o pedido como medida no interesse da segurança pública e indicou a transferência para a Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA), o que ocorreu nesse sábado (26).

O policial civil encontrava-se desde o dia 2 de Outubro de 2024 recolhido na Central de Flagrantes de Maceió uma unidade da Polícia Civil de Alagoas. Tido como o líder de uma organização criminosa que executou Kleber Malaquias em 2020, o Ministério Público entendeu que sua permanência em Alagoas poderia atrapalhar o processo, bem como colocar em risco a própria integridade física do preso.

De acordo com a Lei 11.671/2008, regulamentada pelo Decreto 6.877/2009, tem perfil para inclusão nas unidades federais quem desempenhar função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa; tiver praticado crime que coloque em risco a sua integridade física no ambiente prisional de origem; e também quem for membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça; No caso do ativista político Kleber Malaquias, o policial , segundo os autos, foi o responsável por toda a logística, estando, inclusive, nas proximidades do “Bar da Buchada” onde ocorrera o assassinato para suporte aos criminosos.

Nos autos, o Ministério Público elenca outras ações criminosas atreladas ao policial civil reforçando a inviabilidade de continuar em Alagoas mantendo contatos suspeitos.