Cidades
Maceió está longe do progresso social
Prefeitura diz que capital é destaque em geração de emprego, mas estudo demonstra baixa qualidade de vida da população
O Índice de Progresso Social (IPS) é uma metodologia que avalia a qualidade de vida da população no Brasil de forma multidimensional. Além de avaliar se as pessoas têm o necessário para prosperar, indo além das métricas tradicionais e paradigmas econômicos, ela permite comparar municípios, estados e regiões.
Nossa plataforma de visualização de dados e mapas oferece acesso a informações abrangentes sobre diversos temas e regiões do Brasil, proporcionando uma compreensão mais ampla das realidades locais e nacional.
DIMENSÃO
A dimensão Necessidades Humanas Básicas aborda componentes que retratam o que é mais fundamental para o bem viver, respondendo a pergunta orientadora “o município atende às necessidades mais essenciais da sua população?”.
Esta dimensão avalia a capacidade de uma população sobreviver com alimentação adequada e cuidados médicos básicos, água de qualidade, condições de saneamento, abrigo e segurança pessoal.
Necessidades Humanas Básicas apresentou o melhor desempenho na composição do IPS Brasil 2024, com nota 73,58. Ela também obteve o bom desempenho no nível municipal, com as melhores pontuações do IPS.
Os municípios localizados na Amazônia Legal apresentaram um desempenho menor que o do restante do Brasil. Os componentes que tiveram mais influência sobre os resultados desta dimensão foram Água e Saneamento e Moradia.
OUTRO LADO
A prefeitura de Maceió não confirmou e nem desmentiu os dados da pesquisa IPS Brasil, mas mostrou, por meio da sua assessoria de comunicação, que a gestão do prefeito JHC tem bons indicadores econômicos e sociais, principalmente com relação ao índice de desemprego, que tem caído na capital alagoana.
Classificação e Pontuações das Capitais no IPS Brasil
01) Brasília (DF) 71,25 pontos
02) Goiânia (GO) 70,49
03) Belo Horizonte (MG) 69,62
04) Florianópolis (SC) 69,56
05) Curitiba (PR) 69,36
06) São Paulo (SP) 68,79
07) Cuiabá (MT) 68,47
08) Campo Grande (MS) 68,21
09) Palmas (TO) 68,07
10) Aracaju (SE) 67,89
11) Teresina (PI) 67,37
12) Vitória (ES) 67,20
13) Porto Alegre (RS) 66,90
14) Rio de Janeiro (RJ) 66,41
15) São Luís (MA) 65,69
16) João Pessoa (PB) 65,55
17) Natal (RN) 64,45
18) Fortaleza (CE) 64,42
19) Manaus (AM) 64,35
20) Salvador (BA) 63,80
21) Recife (PE) 63,73
22) Boa Vista (RR) 62,76
23) Rio Branco (AC) 62,68
24) Belém (PA) 62,51
25) Maceió (AL) 62,37
26) Macapá (AP) 58,03
27) Porto Velho (RO) 57,10.
FONTE: IPS Brasil.
Confira a nota da Prefeitura de Maceió
“Maceió tem se destacado em vários indicadores econômicos e sociais se comparados com outras capitais. Como exemplo, a taxa de desocupação no primeiro trimestre ficou em 9,2%, a menor desde 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em números absolutos, a quantidade de pessoas desempregadas caiu de 62 mil para 46 mil em um ano e a educação superior (compartilhada entre estados e União).”(2023-2024).
A capital também é responsável pelo destaque de Alagoas na quantidade de empresas abertas no primeiro trimestre deste ano. Mais da metade dos 18 mil novos negócios foram solicitados em Maceió.
Um levantamento do Índice de Progresso Social Brasil, divulgado pelo jornal O Globo, mostra que a avaliação da qualidade de vida da população no Brasil é feita de forma multidimensional a partir de 57 indicadores.
Dentre estes, e com maior peso, estão a segurança pública (de responsabilidade constitucional do governo do estado), saneamento básico (do governo do estado).
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