O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) emitiu nota neste final de semana dizendo que a feira empreendedora realizada no sábado (8) nos Flexais, comunidade do bairro do Bebedouro, pela Braskem, a empresa Diagonal e a força-tarefa do Ministério Público Federal foi um fracasso e marcada por novos incidentes.

Segundo o comunicado, poucos moradores da comunidade participaram efetivamente da ação. Além disso, o movimento cita que durante o evento, houve tremor no chão do local, além de novas rachaduras em casas e alagamento de diversas ruas com as chuvas que caíram na capital.

A nota cita mais uma vez o pedido antigo dos moradores da área, por realocação. A comunidade é uma das poucas ainda na região, após a evacuação de casas em pelo menos cinco bairros de Maceió.

"A comunidade continua a enfrentar graves problemas, e os recentes episódios de tremores e alagamentos são provas claras de que a região não oferece mais condições de vida saudável. As ações paliativas, como a feira promovida, são insuficientes diante da magnitude dos desafios enfrentados pelos moradores", afirma o MUVB em trecho da nota.

Confira o posicionamento na íntegra:

"Nota à Imprensa

Feira promovida pela Braskem e Diagonal na comunidade afetada é marcada por fracasso e novos incidentes

No dia 8 de junho, a Braskem, em conjunto com a empresa contratada Diagonal e a Força -tarefa do Ministério Público Federal (MPF), realizou uma feira na comunidade dos Flexais, afetada pelo crime ambiental da empresa. A iniciativa, que tinha como objetivo normalizar a situação dos moradores, foi um fiasco total. Poucas pessoas da comunidade compareceram ao evento, refletindo a desconfiança e o descontentamento da população com as ações da Braskem.

Além da baixa participação, o evento foi marcado por incidentes que evidenciam a deterioração das condições de vida na área afetada. Durante a feira, o chão tremeu, casas apresentaram rachaduras e diversas ruas ficaram completamente alagadas. Esses acontecimentos reforçam a urgência de medidas efetivas para garantir a segurança e a saúde dos moradores.

A comunidade continua a enfrentar graves problemas, e os recentes episódios de tremores e alagamentos são provas claras de que a região não oferece mais condições de vida saudável. As ações paliativas, como a feira promovida, são insuficientes diante da magnitude dos desafios enfrentados pelos moradores.

Todos os documentos e relatórios apontam para a única solução aceita pela população a realocação.

É imperativo que a Braskem, em conjunto com as autoridades competentes, adote medidas concretas e eficazes para resolver a situação, garantindo a segurança e o bem-estar das famílias afetadas. A comunidade clama por soluções reais e duradouras que permitam uma vida digna e segura em um outro local longe de todo esse risco vivenciado diariamente por todos os residentes."