Cidades

Dançarina volta ao HGE para agradecer pelo tratamento após ter mal súbito

Maria Zelma sofreu uma parada cardiorrespiratória antes de subir ao palco para uma apresentação de dança do ventre

Por Thallysson Alves / Ascom HGE 07/06/2024 19h22
Dançarina volta ao HGE para agradecer pelo tratamento após ter mal súbito
Maria Zelma voltou ao HGE para agradecer pela assistência que recuperou a sua vida - Foto: Thallysson Alves / Ascom HGE

Ela não lembra, mas, por alguns minutos, a dançarina Maria Zelma Araújo, de 57 anos, esteve “morta”. Tudo aconteceu de repente, no último dia 4 de novembro, após ela se apresentar em um espetáculo de dança do ventre no Teatro Deodoro, em Maceió. De repente o desmaio, que exigiu o socorro imediato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a assistência prioritária no Hospital Geral do Estado (HGE).

“Ficamos todos desesperados, não sabíamos o que fazer. Nesse instante, a cortina fechou, a luz se apagou. Ninguém conseguiu mais festejar a nossa apresentação. Só queríamos que esse susto acabasse logo. Para o bem dela, os socorristas do Samu não demoraram a chegar. Eles viram os sinais vitais e rapidamente a conduziram para o HGE, que já tinha uma equipe preparada para cuidar dela. Foi um atendimento realmente especializado, o que salvou a vida dela”, recordou Karine Sadala, amiga de Maria Zelma.

O que aconteceu foi a temida “morte súbita”, que pode acometer pessoas de qualquer idade, inclusive jovens e adultos. O médico cardiologista do HGE Alex Vieira explica que a arritmia cardíaca é a principal causa, mas é possível também que aconteça após um acidente, uma agressão, o uso de substâncias ilícitas ou de medicamentos sem orientação médica. Também pode estar relacionada à formação de aneurismas, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e embolia pulmonar.

No caso de Maria Zelma, felizmente esse mal foi abortado, devolvendo-lhe a vida. Ela não se recorda exatamente quando e como se sentiu mal, mas afirma, com toda certeza, que antes disso não teve qualquer sinal de que algo tão grave estava prestes a acontecer. Também acrescenta que mantinha regularidade com as consultas com o médico cardiologista, uma vez que já era conhecida a sua hipertensão.

“Como controle, eu tinha cuidado com a minha alimentação, fazia caminhada, musculação, aeróbica, muay thai e a dança do ventre. Eu era muito ativa e nos meus exames nada indicava uma anormalidade. Quando eu acordei e me disseram que eu estava no HGE, eu levei um susto! Como assim? Aos poucos foram me explicando tudo e, à medida que o tratamento avançava, eu fui melhorando”, disse a dançarina, que tem um filho e reside no Tabuleiro do Martins, em Maceió.

Entre os profissionais que participaram dos cuidados cardiológicos está a enfermeira Renally Crystina, residente de Enfermagem em Emergência Geral e Atendimento Pré-Hospitalar da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). Ela conta que inicialmente o caso chamou atenção porque o socorro foi feito por um colega dela, o qual havia compartilhado que havia assistido um caso que considerou cinematográfico.

(Foto: Thalysson Alves / Ascom HGE)


“Quando cheguei ao hospital e vi o nome dela, me contaram a história dela, eu liguei logo ao que esse meu colega havia compartilhado. Então, comecei a acompanhar todo o tratamento, desde o período que esteve entubada. Conversamos muito. Explicava os exames, os procedimentos e a importância de se alimentar. Fomos nos aproximando e nutrimos uma relação muito boa, o que acredito que também a ajudou a superar esse momento difícil”, acredita a enfermeira.

Após todo processo investigatório que buscou entender a causa da repentina parada cardiorrespiratória, que inclui a realização do cateterismo cardíaco, o uso das medicações necessárias, bem como a atuação da equipe multidisciplinar especializada, Maria Zelma recebeu alta hospitalar. Foram 14 dias internada na Unidade de Dor Torácica (UDT) e Área Verde, o suficiente para também reverter a imagem que tinha do HGE.

“Antes de precisar do HGE, eu tinha uma imagem muito negativa. Hoje eu posso afirmar que isso não é verdade, mostrando a minha história. Não tenho o que reclamar do atendimento que recebi. Por isso, recuperada, fiz questão de voltar para registrar a minha gratidão e dar um abraço nessa enfermeira que trabalha com coração por todos os seus pacientes, entre eles, eu”, falou a mãe de família com emoção.