Cidades
Prédio do Ceaf apresenta rachaduras
Funcionários temem que local venha a desabar; Saúde diz que monitora situação e estuda novo local para ser sede do órgão

Beneficiários e funcionários do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), antiga Farmex, estão receosos com a estrutura física do prédio que está comprometida. O local funciona à Rua Oldemburgo da Silva Paranhos, 830, Farol, em Maceió.
O Ceaf é praticamente vizinho ao prédio do Hospital Escola Portugal Ramalho que está sob constante acompanhamento da Defesa Civil devido às inúmeras rachaduras causadas na construção pela mineração feita pela Braskem.
Apesar das muitas reclamações, a direção do Ceaf esconde as rachaduras e não permite fotografias.
A mãe de um beneficiário menor de idade revelou que vai ao local mensalmente. E sempre que vai procurar se informar antes se houve realocação de endereço.
“Já ouvi falar que a distribuição dos remédios especiais será feita na região do Distrito Industrial. Há meses falam isso, mas ninguém confirma. Ninguém diz nada para nos tranquilizar. Nesse período de chuva é ainda pior vimos aqui. A gente vem porque é o jeito. Já que não podemos ficar sem pegar o remédio que é de valor muito elevado” disse a senhora que pediu para não revelar o nome.
Uma funcionária procurou a reportagem, do lado de fora do prédio, para dizer que está com o estado emocional abalado e que sofre ao ver novas rachaduras aparecendo. Sob a condição de anonimato, ela contou detalhes do dia a dia de trabalho.
“A cada semana surgem novas fissuras e outras antigas ficam maiores. E ninguém toma providências. Tem muita gente nesse prédio. Tanto funcionários quanto público. Exatamente aqui na esquina tinha uma clínica particular. Quando surgiram as primeiras conversas que o solo estava afundando, imediatamente a clínica se mudou. O Portugal Ramalho também está de mudança. Como a gente não está de mudança? Se o prédio ao lado está?”, questionou.
Cláudia Avelar também comparece mensalmente para receber medicação para uma parente. Ela disse estar indignada com a falta de condições estrutural do prédio.
“Primeiro que esse local aqui não é uma repartição pública. É um arranjo. Pegaram um galpão, instalaram divisórias e mandam a gente vir aqui todo mês. Uma quantidade enorme de pessoas. Maioria idosos. Se acontecer uma tragédia aqui? Se esse solo se abrir? O que será da gente?”, detalhou.
Indagada pela Tribuna Independente sobre o futuro do Ceaf, que chega a atender até 400 pessoas por dia em média, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) emitiu uma nota de esclarecimento em que afirmou que está realizando um estudo técnico para viabilizar um novo local que atenda as especificidades do Ceaf, antiga Farmex.
A saúde estadual ressaltou que, paralelamente, vem monitorando a situação da Rua Oldemburgo Paranhos e acompanhando, periodicamente, o Mapa de Setorização de Danos.
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