As pessoas que buscam atendimento na agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), localizado na Travessa na Dona Constança, no bairro da Jatiúca, têm reclamado do mau cheiro provocado pelo lixo que se acumula do lado externo do prédio.

Os resíduos sólidos depositados na rua, de forma irregular, estão servindo, inclusive, de criadouro para insetos, roedores e mosquitos como o Aedes aegypti, causador da dengue, zika e chikungunya.

O lixo se acumula tanto na porta do prédio quanto ao lado. Alguns estão acondicionados em sacos plásticos e uma boa quantidade foi jogada de qualquer jeito mesmo.
O vendedor ambulante João Marcos dos Santos contou que já teve até que mudar, temporiamente, o seu cantinho de venda de lanches porque as pessoas já não estavam indo mais até sua banca comprar nada porque o lixo estava tomando espaço.

José Geraldo da Silva também comercializa lanches em frente ao posto do INSS. Ele trabalha no local há oito anos. E afirmou que ultimamente o lixo está se acumulando em determinados pontos e chega a formar uma pequena “montanha” de entulhos.

“A coleta passa e apanha o lixo que está na rua, mas não recolhe o lixo que fica na calçada do prédio do INSS”, contou. Ainda segundo ele, a própria população joga o lixo na rua de forma indiscriminada e depois é a primeira a sofrer com as consequências das chuvas que sai arrastando o lixo.

Uma cabeleireira que tem ponto comercial próximo ao posto do INSS e pediu para não ser identificada já que tem outros estabelecimentos de beleza vizinhos ao seu disse que uma cliente quase levou uma queda ao pisar em uma casca de banana no momento em que descia do carro estacionado perto da agência.

“Ela vinha ao meu salão. Como promovi um evento devido à proximidade do Dia das Mães [à época] já não tinha mais vagas no meu estabelecimento. Ela só achou vaga perto do INSS. Coitada! Quase quebrou a cara ao escorregar na casca de banana que estava fora do saco de lixo. Imagine se um idoso pisa ou alguém que vai à agência para resolver uma perícia”, questionou.

Bárbara Reis do Carmo estava na agência e comentou: “Ninguém merece ver lixo assim a céu aberto”.

Escuridão leva perigo aos habitantes

Além do lixo acumulado na rua, os habitantes da área sofrem com a escuridão, devido à falta de luminárias nos postes. Eles temem sofrer assaltos e pouco circulam no período noturno.

Em nota, a Ilumina informou que vai enviar técnicos para avaliar as condições e fazer os reparos necessários na rede de iluminação pública na Travessa Dona Constança, no bairro da Jatiúca.

Segundo a Autarquia, as solicitações relacionadas à iluminação pública podem ser registradas por meio do aplicativo Ilumina Maceió, com um prazo máximo de resolução de até 72 horas, embora possam ser atendidas em menor tempo. Outros canais para solicitar atendimento e manutenção são o Disque Luz, no número 0800 031 9055 e a Central de Serviços da Prefeitura de Maceió no número 156.

A reportagem da Tribuna Independente procurou a agência do INSS. Segundo o Instituto, os resíduos do lado externo do prédio do órgão não são descartes do INSS.

“Sendo assim, a limpeza do local não é responsabilidade do INSS”, acrescentou. Por sua vez, a Alurb afirmou que o lixo deve ter sido descartado de forma irregular no domingo, dia em que a coleta não é realizada. “Por isso, o acúmulo”, justificou ao acrescentar que o recolhimento ainda seria feito [ontem].

“Aparentemente é lixo domiciliar que, inclusive, só deve ser colocado para fora de casa no dia e horário da coleta que naquele endereço acontece de segunda a sábado, das 17:30 horas até 01:50 horas.