Trabalhadores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) reúnem-se com o governo federal amanhã para discutir as reivindicações da categoria. Na tarde de ontem, eles fizeram uma caminhada da sede do Sindicato dos Servidores/as do Ifal (Sintietfal) até o escritório estadual do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), localizado na Praça Dom Pedro II, Centro de Maceió.

A classe cobra aumento salarial, equiparação de benefícios, reestruturação do Plano de Carreira, recomposição orçamentária, além da revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro. A mobilização segue movimento nacional. Em todo o Brasil, pelo menos 480 unidades estão paralisadas em 24 estados.

Segundo o presidente do Sintietfal, Yuri Buarque, após oito meses de negociação, o governo ofereceu zero por cento de reajuste salarial.

Paralelamente à greve dos trabalhadores do Ifal, o corpo técnico da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) também segue, por tempo indeterminado, com a greve, apesar de a categoria ter sinalizado positivamente a algumas propostas apresentadas pelo governo federal. A paralisação teve início no último dia 15. Os professores ainda não definiram se irão aderir ou não ao movimento.

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou aos representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) o reajuste do auxílio alimentação de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; mais reajuste de 51% no montante destinado ao valor do per capita da Saúde Suplementar, considerando a faixa de idade e de renda do servidor; e reajuste no valor da Assistência Pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90.

Em assembleia realizada ontem, os técnicos administrativos da Ufal aprovaram, em sua ampla maioria o texto proposto pelo governo federal, mantendo a continuidade da paralisação. A assembleia foi realizada no hall da Reitoria da Ufal, Campus A. C. Simões.

Atualmente, já se encontram, em Brasília, cinco representantes da base da Ufal, participando das atividades do Comando Nacional de Greve.