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Interrupção no fornecimento de energia prejudica empresas do Polo Aprígio Vilela

Com os registros constantes de cortes de energia, algumas empresas contabilizam prejuízos que chegam a R$ 5 milhões ao longo dos últimos quatros anos

Por Comunicação Sistema Fiea 11/04/2024 18h05 - Atualizado em 11/04/2024 23h57
Interrupção no fornecimento de energia prejudica empresas do Polo Aprígio Vilela
Estiveram presentes à reunião representantes da Equatorial, Braskem, Joplas, Glastec, Krona, Precon, Metaltec, Alquimia, Corr, BBA, Pointer e Qualitex - Foto: Comunicação Sistema Fiea

Os graves problemas gerados pelas quedas de energia no Polo Multifabril José Aprígio Vilela, no município de Marechal Deodoro, a cerca de 20km de Maceió, levaram o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, a promover uma reunião entre empresários e a Equatorial/AL, concessionária responsável pelo fornecimento. Com os registros constantes de cortes de energia, algumas empresas contabilizam prejuízos que chegam a R$ 5 milhões ao longo dos últimos quatros anos.

Cumprindo seu papel como dirigente da entidade representativa da Indústria, Lyra reuniu dirigentes da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Marechal Deodoro (Assedi-MD) e empresários, intermediando a reunião com a Equatorial em busca de soluções.

O encontro entre fornecedora e consumidores de alta tensão, na Casa da Indústria, sede da Fiea, durou quase três horas, período em que os industriais relataram os prejuízos que têm enfrentado por conta da interrupção no fornecimento de energia. Nos últimos quatro anos, foram registradas 373 ocorrências, uma média de 72 ocorrências por ano, com até 21 horas sem energia.

Os empresários ressaltaram que a interrupção da produção representa prejuízos diretos e indiretos, como a perda de matéria-prima, que não pode ser reaproveitada e cujo descarte tem custo, a segurança e saúde dos trabalhadores, e a queda na produtividade.

“Estamos em busca de soluções e pleiteamos da Equatorial essas melhorias”, disse o presidente da Assedi-MD, Alberto Jorge, destacando como essencial o espaço de diálogo criado pela Federação das Indústrias, em busca do entendimento de todos.

A Equatorial foi representada por Carlos Morais, gerente de Relações com os Consumidores, que fez um relato sobre os investimentos que a empresa faz para evitar interrupção do fornecimento de energia. Acompanhado de gerentes das áreas técnicas, Morais falou de problemas externos, como colisão de veículos em postes, queda de árvores, mas também de questões relacionadas às próprias empresas. Mas, garantiu que todas as medidas são tomadas de imediato para normalização do fornecimento.

Ao final, ficou definida a criação de um Grupo de Trabalho com a participação da Assedi, e um grupo de WhatsApp, onde os industriais poderão relatar as ocorrências e acompanhar as providências adotadas pela Equatorial. “A reunião teve um saldo muito positivo. É bom ressaltar a boa vontade e a compreensão da Equatorial, que assumiu o compromisso de adotar medidas práticas para minorar os problemas do Polo de Marechal”, avaliou Lyra.

Estiveram presentes na reunião representantes da Equatorial, Braskem, Joplas, Glastec, Krona, Precon, Metaltec, Alquimia, Corr, BBA, Pointer e Qualitex.