Cidades

Novo diretor da Edufal anuncia que Bienal do Livro de 2025 acontecerá de 31/10 a 9/11

Eraldo Ferraz definiu o período do evento, que acontecerá mais uma vez no Centro de Convenções de Maceió

Por Diana Monteiro / Ascom Ufal 12/03/2024 15h51 - Atualizado em 12/03/2024 18h52
Novo diretor da Edufal anuncia que Bienal do Livro de 2025 acontecerá de 31/10 a 9/11
Eraldo Ferraz, novo diretor da Edufal - Foto: Ascom Ufal

A Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) tem novo gestor: Eraldo Ferraz, professor do Centro de Educação (Cedu). É a mais nova frente de trabalho do docente, que pode ser considerado “um veterano”, pela experiência e vivência adquiridas quando esteve à frente do setor, por duas vezes, na gestão do reitor Rogério Pinheiro. Ciente dos desafios que permeiam a execução de ações para o funcionamento de um setor de grande referência, como é a Edufal, o diretor já definiu algumas ações importantes, a exemplo do período de realização da próxima Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que acontecerá de 31 de outubro a 9 de novembro de 2025.

Segundo Ferraz, a Bienal já faz parte do calendário de eventos não apenas da Ufal, mas também do estado, com alcance nacional e até internacional. “Não só definimos o período com reserva do Centro de Convenções, local de realização, como, inclusive, já tivemos uma primeira reunião com a Empresa Júnior de Engenharia Civil e Arquitetura (Ejec) da Ufal para a discussão do formato do evento, considerado o maior e mais referenciado da área literária de Alagoas”, destacou o docente da Ufal há 31 anos, com ativo e produtivo percurso acadêmico, o que reforça mais uma vez a disposição ao trabalho.

Aliás, uma das características de Eraldo Ferraz bem conhecida do público universitário é sua capacidade de fazer acontecer. Por isso, ele adianta que, no âmbito da instituição, a plataforma de trabalho contempla, por exemplo, a realização de Sarau Literário, Concurso de Poesia para estudantes, técnico-administrativos e docentes. Outro projeto é a realização de Feira Itinerante nas unidades acadêmicas e nos campi da Ufal e Feira Junina do Livro.

Com clareza e consciência, no contexto dos desafios, o diretor destaca que gerir a Edufal não será uma tarefa fácil, uma vez que a editora não dispõe, por exemplo, de uma rubrica de material de consumo suficiente para atender às demandas dos setores da Ufal de produção de livros. Uma realidade existente, mas que não arrefece os ânimos para a otimização de um trabalho com plataforma a se desenvolver nos próximos quatro anos de gestão.

Em relação à otimização das atividades, Eraldo aproveita para também anunciar a reabertura da Livraria da Edufal no Campus do Sertão, além de já estar em negociação para implantação de uma filial, no Campus Arapiraca. Tudo isso está entre as ações planejadas. “Trabalharemos também para a ampliação para além das “fronteiras alagoanas”, visando à participação da Edufal nas bienais de Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife”, acrescentou o diretor, mostrando a sempre disposição para a liderança da frente de trabalho assumida este ano a convite do reitor reeleito Josealdo Tonholo.

Terceira gestão

Sobre o convite recebido para gerir a Edufal pela terceira vez, em duas diferentes gestões da Ufal, Eraldo Ferraz diz sentir-se agradecido: “O convite me envaidece, entretanto, na atual conjuntura sei muito bem dos desafios que enfrentarei”, reforçou, mais uma vez.

Ferraz relembra a superação de obstáculos e positividade num campo de atuação que tão bem conhece e que afirma ter muita conexão. Foi diretor da Edufal pela primeira vez no final da primeira gestão de Rogério Pinheiro, no final dos anos 1990, que reeleito o convidou para que continuasse na liderança do setor por mais quatro anos, no início dos anos 2000.

“É importante a comunidade tomar conhecimento de que, quando assumi a Edufal no final da primeira gestão do reitor Rogério Pinheiro, tomei conhecimento de que não poderia usar a marca Bienal do Livro, porque teria sido patenteado e eu poderia responder judicialmente. Então, para evitar problemas com a Justiça, criei o Salão Alagoano do Livro e da Arte, evento este, que ocorreu nos cinco anos que fiquei à frente da Editora. Nesse caso, quem ganhou foi a população alagoana que passou a ter a Feira do Livro todos os anos e, não de dois e dois anos, como é a bienal”, ressaltou ao complementar: “Modéstia à parte, trabalhamos muito para a realização de todas as edições".

Ferraz diz que o 1º Salão Alagoano aconteceu na Praça Multieventos, localizada na orla da Pajuçara, e exigiu uma grande estrutura. “Foi trazida uma tenda de Salvador porque, na época, Alagoas não possuía empresa que fornecesse equipamento superior a 30m2, com mais de 10 metros de altura”, enfatizou, orgulhoso por ter sido um dos diretores, cujo trabalho, com rotineiro desafio, só trouxe positividade para um evento que, no decorrer do tempo só fez crescer e se consolidar.

Participação ativa e competência

Doutor em Educação pela Universidade de Valência (Espanha), com atividades acadêmicas em sua unidade de origem, o Centro de Educação do Campus A.C. Simões, em Maceió, Eraldo Ferraz foi também coordenador do curso de Pedagogia. Sua vivência, competência e liderança são reconhecidas pelo universo acadêmico da instituição alagoana. Sobre a sua participação ativa em todas as edições da Bienal realizada pela Ufal, ele explica como tudo começou:

“Quando encerrei minha gestão na Edufal em 2003, continuei dando suporte aos diretores que me sucederam, principalmente, assumindo uma das atividades que se denominou Seminário de Educação, a convite do professor Luís Paulo Mercado, do Cedu, que me pediu para assumir a coordenação do evento. De lá para cá não deixei de ofertar o citado evento, que sempre teve o patrocínio da Editora Cortez (SP), por meio de sua gerente comercial Elaine Nunes, trazendo os educadores que publicavam livros com esse selo. É um evento que sempre contou com a presença do professor Cipriano Luckesi, uma referência na área da avaliação da aprendizagem, inclusive, suas palestras são muito concorridas”.

A Editora Universitária foi criada em 5 de outubro de 1983, como órgão integrante da Ufal, com a missão de editar e divulgar trabalhos e publicações de interesse científico e, que hoje, já se tornou uma instituição premiada em âmbito nacional. Conta atualmente com um acervo de 30 mil exemplares. Em 2005, a Edufal tornou-se a editora universitária pioneira, no Brasil, no desenvolvimento do Projeto Braille.

"A importância da editora é chancelar a qualidade das produções científicas dos programas de pós-graduação da Ufal, tendo um corpo editorial qualificado e que favorece a uma avaliação positiva dos cursos pela Capes”, enfatizou o diretor Eraldo Ferraz.

A Edufal está instalada no Centro de Interesse Comunitário (CIC), que fica no Campus A.C. Simões, em Maceió, por trás da Praça dos Bancos, e tem uma equipe de profissionais formada por Diva Souza Lessa, gerente; Mauricélia Batista Ramos de Farias, assistente em Administração; Fernanda Lins de Lima, coordenadora editorial; Jorge Pereira de Oliveira, recepcionista da área de vendas; Matheus Vasconcelos, bolsista na área de Direito; e Jaqueline Silva, bolsista de Relações Públicas.