Cidades

Em Alagoas, apenas dois imóveis federais podem ser destinados à moradia popular

Um pertence ao IBGE e outro ao INSS e devem ser utilizados pelo governo federal no programa Imóvel da Gente

Por Tribuna Independente 09/03/2024 08h15 - Atualizado em 09/03/2024 16h38
Em Alagoas, apenas dois imóveis federais podem ser destinados à moradia popular
Edifício Ary Pitombo, no Centro de Maceió, foi vendido à Prefeitura e não poderá entrar no programa de moradias do governo federal - Foto: Divulgação

Apenas dois imóveis públicos da União podem ser transformados em moradias populares no estado de Alagoas. Conforme apurado pela reportagem da Tribuna Independente, um desses imóveis pertence ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fica localizado no Beco São José, Centro de Maceió. O outro pertence ao Instituto Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas a autarquia não informou a localização do prédio.

“O INSS informa que, devido aos detalhes que envolvem os processos de cessão e venda dos imóveis não operacionais, não indicará a localização exata dos prédios”, afirmou em nota. Já o IBGE informou que “vem tentando meios de alienar esse prédio há algum tempo, mas tem esbarrado em questões legais. O caso já está sendo tratado pela sede do IBGE, no Rio de Janeiro. O que não impede, contudo, de alguma outra política do governo dar autorização diversa”.

Na última terça-feira (5), o governador em exercício, Ronaldo Lessa, esteve no Ministério da Previdência Social, em Brasília, discutindo com o ministro Carlos Lupi a transformação de prédios públicos abandonados em Alagoas em moradias populares.

Assinado pelo presidente Lula em fevereiro, o programa Imóvel da Gente vai converter esses prédios públicos em centros de moradias populares, beneficiando tanto os setores mais vulneráveis quanto a classe média.

O decreto assinado por Lula objetiva dar uma destinação estratégica ao patrimônio público, promovendo o diálogo federativo e envolvendo a sociedade. Ele transforma mais de 500 imóveis da União em 200 municípios brasileiros em prédios públicos destinados a outros entes federativos, movimentos sociais e setor privado para construção de habitações populares e equipamentos públicos.