O escritor pernambucano Paulo Roberto Cannizzaro foi o entrevistado desta semana do TH no canal do portal Tribuna Hoje no YouTube. Ele retornou ao estado de Alagoas e, desta vez, para divulgar o seu mais novo romance. Publicada este ano pela Editora Astrolábio Ediciones, a obra intitulada “Onde o céu toca o coração” convida para um debate sobre tolerância religiosa ao retratar um grupo de peregrinos que buscam “A Montanha”, lugar onde personagens que representam diferentes credos expõem suas experiências na corrida pela própria espiritualidade. Seu mais recente manuscrito também está sendo traduzido para o espanhol e inglês com lançamento previsto em maio de 2024.

De acordo com o autor, mais que uma obra sobre fé, o romance é ambientado numa cidade em que as pessoas são materialistas, visualizando apenas os prazeres da vida. “Os peregrinos, por outro lado, são pessoas que buscam conexão com algo maior que si mesmos e assimilam a importância da vida em comunidade, numa metáfora que remete à jornada espiritual que todos nós fazemos”.

Paulo Cannizzaro explicou que o caminho até “A Montanha” é longo e tortuoso, com os peregrinos tendo que enfrentar uma série de adversidades. “Nesse ínterim, porém, eles compartilham suas experiências e aprendem uns com os outros. Logo, todos passam a compreender que a fé é uma jornada individual e que cada um deve encontrar seu próprio caminho para alcançar a Deus. “Onde o céu toca o coração” é, portanto, uma história que inspira e toca o coração, convidando-nos a refletir sobre a nossa própria busca por significado e propósito na vida”.

Cannizzaro, que tem várias publicações sobre temas contemporâneos, como cinema e economia, recorda o desafio de escrever sobre a fé, um fenômeno inexplicável, que nos faz superar obstáculos inimagináveis e que levou o autor, inclusive, a estudar livros como o Alcorão.

“Trata-se de uma obra que elege a fé, as experiências religiosas e as paixões das peregrinações como tema central, atingindo as raízes mais profundas das buscas de todas as pessoas que se direcionam na aceitação de Deus. Ela reconhece ideias distintas sobre a fé, tecendo um caminho de afinidades e tolerância religiosas em um ambiente imaginário de uma cidade que não crê em Deus, que só pensa em luxúrias e fortunas materiais”, afirmou o escritor, destacando a força dos que cultivam a fé em meio às inquietações da vida moderna.

Assista a entrevista completa no canal Tribuna Hoje no YouTube.