Cidades

Mina 18 fica sem monitoramento direto de equipamento DGPS

Defesa Civil continua na corrida contra o tempo para que novo equipamento, instalado na última segunda-feira, passe a enviar dados consistentes

Por Valdete Calheiros - colaboradora / Tribuna Independente 14/12/2023 09h07
Mina 18 fica sem monitoramento direto de equipamento DGPS
Equipamento se perdeu com rompimento e um novo foi colocado - Foto: Edilson Omena

A Defesa Civil de Maceió continua na corrida contra o tempo e de olho no calendário para que o novo DGPS (Differential Global Positioning System) instalado na mina 18 da Braskem, na última segunda-feira, na região da Lagoa Mundaú passe a enviar dados consistentes para a equipe de monitoramento.

Vinte e quatro horas depois de instalado, o DGPS iniciou o envio de dados para a base de monitoramento da Defesa Civil de Maceió. Contudo, os dados ainda são inconsistentes. O novo DGPS foi instalado para substituir o que operava na região e foi perdido durante o colapso na área lagunar, no último domingo.

O coordenador-geral do órgão, Abelardo Nobre, explica que há uma necessidade de aproximadamente dez dias de análise dos dados para verificar a precisão desse monitoramento.

“Somente após esses dez dias conseguiremos ter uma análise mais precisa, pois todo o nosso monitoramento na região afetada, assim como na região das minas, depende da consistência e persistência dos dados. Temos a responsabilidade de fazer análises cuidados para não emitir informações equivocadas”, salienta o coordenador.

O monitoramento das demais minas segue ativo e os demais equipamentos apresentam, até o momento, situação de normalidade. Somente o DGPS que media a movimentação da mina 18 foi perdido no rompimento que ocorreu no último domingo.

O DGPS é o equipamento mais preciso. Por ora, o órgão analisa os dados em tempo real, com uma rede de equipamentos que conseguem perceber movimentos do solo em milímetros.

De acordo com a Defesa Civil de Maceió, o monitoramento segue sendo realizado por outros métodos. Tais como a rede sismológica com 14 sensores superficiais e 12 em profundidade; Interferometria de radar por abertura sintética (InSAR) em uma área de aproximadamente 16 km², e com alta resolução espacial.

Setenta e seis receptores com Sistema diferencial de navegação Global por satélite (DGPS); quatro Inclinômetros com 250m de profundidade e sensores a cada 1m; treze Tiltímetros e três Pluviômetros instalados próximos a área afetada.

O coordenador-geral do órgão, Abelardo Nobre, explicou que não é possível precisar se houve um colapso ou um rompimento parcial da minha porque somente com um equipamento preciso como um sonar é possível chegar a essa conclusão.