A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) oficou, mais uma vez, a Defesa Civil do Município de Maceió nesta sexta-feira, 01, solicitando uma análise urgente da situação estrutural e social dos Flexais de Bebedouro, a fim de assegurar a inclusão da região no mapa de risco e realocação das vítimas da mineradora Braskem. O pedido estabelece um prazo de cinco dias para que a Defesa Civil forneça uma resposta.

O documento, assinado pelo Defensor Público Ricardo Melro, inclui dois relatórios técnicos independentes, realizados nos anos de 2020 e 2022. Esses relatórios confirmam a presença de fissuras, trincas e rachaduras em dezenas de residências nos Flexais, concluindo que os padrões de danos estruturais na área são semelhantes aos observados nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bom Parto, Pitanguinha e no restante do bairro do Bebedouro.

Ambos os relatórios destacam a necessidade de vistorias técnicas da Defesa Civil e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para que medidas sejam tomadas visando garantir a segurança e o bem-estar da população local.

A área dos Flexais de Bebedouro e parte da Rua Marquês de Abrantes nunca foram incluídas no mapa de risco e no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação da Braskem devido à suposta ausência de risco de afundamento na região. No entanto, a população enfrenta sério isolamento socioeconômico devido ao esvaziamento das comunidades vizinhas, simultaneamente aos problemas estruturais em suas residências. Diante dessa situação, a maioria dos moradores locais solicita a realocação e a justa indenização.