Cidades

Moradores dos Flexais mantêm protesto na porta da Braskem

Comunidade reclama do isolamento do bairro e reivindicam um novo acordo com a mineradora

Por Ricardo Rodrigues / Colaborador com Tribuna Independente 21/09/2023 08h44
Moradores dos Flexais mantêm protesto na porta da Braskem
Moradores dos Flexais continuam ocupando a frente da Braskem no Mutange, em protesto contra a mineradora - Foto: Cortesia

Moradores dos Flexais e da Rua Marquês de Abrantes continuam ocupando a frente da unidade da Braskem, no bairro do Mutange, em protesto contra a petroquímica.
Eles reclamam do isolamento do bairro e reivindicam um novo acordo com a Braskem, além da realocação das famílias que ainda residem nos Flexais de Baixo e de Cima, bem como de algumas ruas do bairro de Bebedouro.

“Só vamos desocupar a porta da Braskem, aqui no Mutange, depois que o acordo feito com o aval do Ministério Público Federal seja revisto”, afirmou um dos líderes do movimento.

Segundo ele, 80% dos moradores dos Flexais ficaram de fora do acordo porque consideram lesivo, por conta os valores irrisórios oferecidos às vítimas da mineradora na região.

Na terça-feira (19), eles participaram de uma reunião com o juiz federal André Granja, que acompanha um dos processos sobre o caso Braskem, em relação aos Flexais. A reunião contou com a participação de Alexandre Sampaio, presidente da Associação dos Empresários Vítimas da Braskem, do Defensor Público Estadual, Ricardo Melro, e de um representante (Maurício) do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVN).

De acordo com Sampaio, cerca de 30 moradores participaram da reunião e mostraram ao juiz o problema do isolamento que estão vivendo no bairro, após o afundamento do solo provocado pela mineração. “Foi muito importante essa reunião porque o juiz pôde tomar conhecimento sobre a inabitabilidade do bairro e das reais demandas dos moradores da região”, destacou.