Cidades
Greve nas escolas da rede estadual começa nesta quinta-feira (24)
Professores e funcionários da educação param as atividades pelo reajuste de 14,95%

Começa nesta quinta-feira (24), uma greve por tempo indeterminado dos trabalhadores da educação de Alagoas. Escolas de todo o estado devem parar para pressionar o governo Paulo Dantas a implantar o reajuste de 14,95% a todos os cargos e níveis da categoria. A decisão de parar foi tomada em assembleia do Sinteal, na última segunda-feira (21).
Izael Ribeiro, presidente do Sinteal, reforça os motivos da greve. “Não estamos fazendo greve para prejudicar ninguém, estamos lutando pela valorização da educação pública, para ter condições de continuar entregando um serviço público de qualidade e garantindo a sobrevivência digna das nossas famílias. Desde janeiro a gente bem negociando, mas infelizmente o governador não avança na pauta salarial”.
A primeira semana de greve será marcada por uma programação de luta intensa, com panfletagem na Assembleia Legislativa (ALE) e atos públicos nos bairros. Antes mesmo de iniciar a greve, já foram iniciadas as mobilizações, como relata Izael. “Nós da direção já estivemos na ALE conversando com os parlamentares, esclarecendo que o projeto de reajuste que o governador enviou não foi aceito pela educação, e pedindo o apoio de todos para o nosso pleito”.
Ainda dentro da escola, a categoria passou a semana dialogando com a comunidade escolar (estudantes, pais, mães e responsáveis) sobre as razões da luta, pedindo (e conquistando) a compreensão e o apoio de todos.
Na capital e no interior, as notícias da greve já geram repercussão e o Sinteal tem ficado alerta sobre as denúncias de assédio, ameaça e perseguição que começaram a partir de gestores.
“Não vamos admitir chantagem e ameaça contra quem está fazendo a luta. O Governo sabe muito bem qual o caminho para acabar com a greve ou impedi-la de acontecer: concedendo o reajuste. Outros métodos serão vistos como atitude antissindical e contra o direito constitucional da classe trabalhadora. Vivemos uma democracia, e vamos defender os nossos direitos”, avisa o presidente do Sinteal.
A luta não começou agora, e a pauta não é exclusivamente econômica. O ofício enviado em janeiro continha 11 pontos de reivindicações que foram avançando ao longo das mobilizações realizadas. “Tentamos administrativamente, depois entramos no movimento unificado e lutamos junto com as outras categorias de servidores estaduais, e nos últimos meses seguimos na luta específica da educação. Já teve paralisação, greve por tempo determinado, caminhada até o palácio e muita negociação. Com isso conquistamos pontos que estavam travados, mas ainda não é suficiente, a questão salarial pesa muito”, afirma Izael.
Confira a agenda da greve, que começa na Praça da Assembleia Legislativa:
24/08 – Panfletagem na Praça Dom Pedro II, às 09h
25/08 – Visita às escolas (interior)
28/08 – Visitas às escolas (capital)
29/08 – Ato com caminhada no Benedito Bentes – 09h – Concentração na Praça do Terminal de ônibus do Benedito Bentes
30/08 – Ato no Jacintinho – 14h – Concentração na Escola Estadual Professor Theonilo Gama
31/08 – Balanço das escolas que fecharam (Interno)
01/09 – Assembleia da Rede Estadual – Avaliação – 09h, na Sede do Sinteal
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