Redonda, quadrada ou triangular, a pizza consegue dar água na boca de qualquer apaixonado por massas, e, de todas as formas. A iguaria ganhou um dia mundial próprio, 10 de julho, adotado também no país, quando, em 1985, o secretário de turismo Carlos Luiz de Carvalho realizou um concurso para eleger as dez melhores receitas do Brasil. Essas receitas nem sempre seguem à risca a tradição italiana e cada país desenvolve sua versão para agradar ao público local.

Em Maceió, com mais de 100 pizzarias espalhadas pelos diversos bairros da cidade, a paixão pela pizza ganhou dimensão nos últimos anos quando os pizzaiolos ganharam fama de verdadeiros chefs. E neste 10 de julho, Dia Mundial da Pizza, estão sendo devidamente reconhecidos. Na onda da paixão, as pizzarias esperam faturar muito nesta segunda-feira. Na Jatiúca, o Filé do Zezé, que tem uma das melhores pizzas da cidade, segundo comentários do TripAdvisor, lançou a promoção: no pedido de uma pizza pelo delivery, o cliente ganha uma coca cola de 1,5 litro e 10 por cento de desconto em pizzas grande ou família para consumo no local.

Apesar da fama de sua origem italiana, essa iguaria tem origem na receita do ‘pão de Abraão’, uma massa similar, feita à base de água e farinha, que fazia parte da alimentação dos egípcios e hebreus. Ao chegar na Itália, a pizza não era um prato nacional, mas regional. Feito em discos simples de massa com molho de tomate, nos quais os ingredientes eram colocados a mão e comercializados por vendedores ambulantes. Era, e ainda é, uma opção prática e rápida, que não exigia talheres ou pratos.

No Brasil, as primeiras pizzas começaram a ser produzidas nas casas dos imigrantes italianos, mas logo ganharam espaço e conquistaram todo o país com as pizzarias. Aqui, ela se popularizou antes mesmo do que na Itália, já que lá o prato era consumido pelas camadas mais pobres. De acordo com os dados da Associação de Pizzarias Unidas do Brasil (APUBRA), o país conta com mais de 112 mil desses comércios, que reforçam o legado da gastronomia italiana.