Cidades
Afundamento do solo: moradores do Bom Parto protestam por inclusão em mapa de realocação
Defesa Civil Municipal diz que não há dados que justifiquem a entrada da área no documento
Nesta quarta-feira (21), moradores do Bom Parto, um dos cinco bairros de Maceió afetados pelo afundamento do solo, realizaram um protesto cobrando a inclusão no mapa de realocação confeccionado pela Defesa Civil Municipal.
O documento produzido pelo órgão municipal indica a necessidade de desocupação das áreas de risco. Apenas as áreas que foram incluídas nesse documento tem direito à compensação financeira paga pela Braskem, empresa responsável pela exploração da sal-gema.
Os moradores se reuniram por volta das 11h da amanhã e atearam fogo em pneus e galhos fechando acesso a uma obra da Braskem na região.
O Gerenciamento de Crises da Polícia Militar de Alagoas foi acionado para tentar negociar o fim da manifestação.
Em nota, a Defesa Civil de Maceió afirmou que até o momento não foi encontrado dados que justifiquem a entrada da área no mapa. Mas, afirmou que quando houve comprovação da necessidade o mapa será atualizado.
NOTA
A Defesa Civil informa que monitora ininterruptamente as áreas afetadas pelo processo de afundamento do solo, bem como as áreas de borda do Mapa de Linhas e Ações Prioritárias (V4), nos bairros adjacentes, por meio de equipamentos que medem em milímetros a movimentação do solo e por visitas in loco, periodicamente, por meio das vistorias do Comitê Técnico.
Até o momento não foram encontrados dados que culminem na atualização e ampliação do mapa. Nova vistoria foi feita recentemente pelo Comitê Técnico e o relatório deve sair ainda neste primeiro semestre.
O órgão continua à disposição para ouvir a população e esclarecer possíveis dúvidas.
Vale lembrar que o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação foi criado pela Braskem por meio de acordo firmado com as defensorias públicas do Estado e da União, Ministério Público Federal e Ministério Público do Estado (MP-AL) para oferecer uma espécie de indenização as pessoas que precisaram deixar suas casas ou seus estabelecimentos comerciais.
O PCF apresentou até maio, 18.994 propostas, o equivalente a 99% de todas as propostas previstas, e 18.114 foram aceitas pelos proprietários dos imóveis afetados. Destas, 17.160 indenizações foram pagas.
Ainda de acordo com a empresa, 6.069 propostas foram apresentadas para os empresários e comerciantes dos locais afetados e desses, 5.638 foram aceitas e 5.261 já foram pagas.
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