Cidades
Rede do bem da Segurança Pública ajuda a encontrar pessoas desaparecidas em Alagoas
Projeto é coordenado pela Chefia de Articulação de Políticas de Prevenção
Com mais de 200 mil seguidores e ainda em crescimento, a rede do bem formada pelos órgãos da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas tem sido uma ferramenta importante na localização de pessoas desaparecidas. O projeto coordenado pela Chefia de Articulação de Políticas de Prevenção tem como base usar as redes sociais das Polícias Civil (60,5k), Científica (8,1K), Militar (83,6), do Corpo de Bombeiros (32k) e da própria SSP (20,5k) para ampliar a voz de famílias que buscam pelos parentes.
O caso mais recente de localização, ocorreu após a divulgação da imagem de Eronides Ramos da Silva na rede social da Polícia Científica de Alagoas. No mesmo dia, o desaparecimento foi esclarecido. Ele foi localizado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do município de Flexeiras, acabando com o sofrimento da família dele.
A psicóloga Poliana Amorim, coordenadora do Creas de Flexeiras, explicou que eles receberam informação de um homem em situação de rua, foram até o local indicado e fizeram uma entrevista com ele. No entanto, o homem, até então sem identificação oficial, não aceitou nenhuma das sugestões da equipe e afirmou que queria ficar naquele local.
Quando a equipe do Creas retornou para a sede, iniciou uma busca ativa na internet, localizando o nome dado por ele no Instagram da Polícia Científica. A coordenadora entrou em contato com o administrador da rede social, recebeu orientações sobre o procedimento correto e no mesmo dia eles conseguiram contatar a família que fez o resgate da vítima, o encaminhando para uma clínica de saúde.
“Agora sabemos que temos uma outra fonte de busca que com certeza vem fazendo a diferença na vida das famílias que necessitam. Uma ferramenta importantíssima. Uma vez que enquanto serviço especializado da Assistência queremos resguardar a vida, os direitos das pessoas que assistimos, porém os pacientes psiquiátricos têm fatores que dificultam a gente localizar familiares e compreender de fato a situação”, explicou a psicóloga.
O ouvidor da Polícia Científica, Aarão José, destacou a importância do uso das redes sociais pelos órgãos da Segurança Pública para o desenvolvimento de atividades positivas que facilitam a vida da sociedade. Para ele, com cada vez mais pessoas conectadas por redes sociais, é assertivo o uso dessa ferramenta para divulgar informações de serviços, de campanhas, de tudo aquilo que ajude no combate à criminalidade.
“Umas das grandes vantagens da comunicação instantânea que as redes sociais proporcionam é a prática de ações do bem. Compartilhar dados de pessoas desaparecidas é um exemplo positivo do uso correto do espaço virtual. Enquanto segurança pública iremos continuar investindo nessa área como ferramenta de troca de informações”, afirmou Aarão José.
O ouvidor explicou ainda a necessidade do registro do boletim de ocorrência na Polícia Civil, após a constatação do desaparecimento do parente. As informações fornecidas pelas famílias serão enviadas para o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid) do Ministério Público Estadual, que integra instituições da Segurança Pública, Saúde, Conselho Tutelar, e outros importantes órgãos públicos do Estado.
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