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Autor de 'Minha Sereia', cantor alagoano Carlos Moura morre aos 73 anos

Nascido em Palmeira dos Índios, prefeitura lamentou falecimento do cantor e compositor que ficou famoso nacionalmente cantando Minha Sereia, em homenagem às belezas da capital Maceió

Por Tribuna Hoje com Assessoria 06/06/2023 17h11 - Atualizado em 07/06/2023 07h42
Autor de 'Minha Sereia', cantor alagoano Carlos Moura morre aos 73 anos
Cantor Carlos Moura morre aos 73 anos - Foto: Reprodução

O cantor e compositor alagoano Carlos Moura morreu nesta terça-feira (6) após sofrer duas paradas cardíacas em Salvador, capital baiana. Carlos era natural de Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano, tinha 73 anos e ficou famoso nacionalmente com a música 'Minha Sereia', na qual cantava as belezas da capital Maceió.

A Prefeitura de Palmeira dos Índios emitiu nota lamentando a morte de Carlos Moura, filho da terra. "A Prefeitura de Palmeira dos Índios lamenta, com pesar, o falecimento do cantor e compositor palmeirense Carlos Moura, ocorrido nesta terça-feira (6) em Salvador, Bahia, após sofrer duas paradas cardíacas. Carlos Moura deixa um grande legado musical para Alagoas e o mundo, além da simpatia e simplicidade com que tratava as pessoas que tiveram a oportunidade de conviver com ele", diz trecho da nota.

Em outro trecho do comunicado, a prefeitura da cidade do Agreste declarou luto oficial durante três dias em memória ao cantor e compositor. "Aos familiares e amigos enlutados, expressamos os mais profundos sentimentos de pesar e o conforto que só Deus pode ofertar neste momento de intensa dor", encerra o informe da prefeitura.

Biografia e carreira

No São João do Povo de 2017, realizado pela Prefeitura de Palmeira dos Índios, o cantor foi homenageado e também fez um show com os grandes sucessos da  sua carreira musical.

Cartos Moura durante seu show no São João de Palmeira dos Índios em 2017 (Foto: Reprodução / Facebook)

Carlos Moura nasceu em Palmeira dos Índios no dia 15 de abril de 1950. Ele iniciou a carreira na década de 1970, em Maceió, quando integrou o conjunto “Os Bárbaros”, e cantava em matinês. Fez parte ainda do grupo “Vento”, onde cantou e interpretou músicas autorais. Em 1980, muda-se para o Rio de Janeiro. Lá iniciou a carreira solo, com forte influência regional, e gravou o LP “Reviravolta”.

O segundo LP do cantor, intitulado “Rosa de Sol” de 1982, lançado pelo selo Lança Discos e Edições Musicais, teve como destaque a música “Minha Sereia”, que tornou-se o maior sucesso da sua trajetória musical.

Neste LP outras canções também tiveram destaque como: “Rosa de Sol”, “Beijo de Planeta”, “Um Alô Pro Moraes” e “Sete Léguas de Saudade”, que também foram sucessos no verão de 1982.

Entre os discos subsequentes de sua carreira, estão "Água de Cheiro" (1983), ”Uma Noite no Café Nice” (1987), "Carlos Moura Acústico" e "Quebrando o Coco" (2003).

Uma das últimas notícias divulgadas sobre a vida do cantor é que ele estaria na Clínica de Repouso Ulysses Pernambucano em 2020. A clínica, hoje localizada na Avenida Durval de Góes Monteiro, no bairro Petrópolis, antes funcionava no Mutange, quando os moradores e empresas da localidade precisaram ser realocados para outras regiões.

Em vídeo divulgado sete anos atrás pelo Clube do Vinil Alagoas, Carlos Moura toca seu maior sucesso, "Minha Sereia". Assista: